Óbito de bebê por coqueluche em Campo Grande reforça alerta para prevenção e vacinação

Caso confirma alta transmissibilidade da doença e importância da imunização

01/03/2025 00h00 - Atualizado há 4 meses

Por Andrella Okata

Um bebê de um mês e 29 dias faleceu em Campo Grande vítima de coqueluche, conforme informações divulgadas pela Coordenadoria de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) na sexta-feira (28). O caso foi confirmado após investigação epidemiológica e diagnóstico laboratorial, levando as autoridades sanitárias a reforçarem a importância da vacinação para evitar novos casos da doença.

Segundo o relatório, o recém-nascido deu entrada na Clínica da Família no dia 10 de fevereiro. A suspeita de coqueluche, no entanto, só foi registrada no dia 17, quando o quadro da criança já havia se agravado. Antes disso, no dia 15, ele foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e posteriormente encaminhado a um hospital devido ao agravamento dos sintomas, incluindo parada cardiorrespiratória. A mãe e a avó também apresentaram sintomas respiratórios, mas não possuem histórico de comorbidades.

A equipe médica informou que o bebê passou por vários atendimentos antes de falecer por complicações respiratórias graves, incluindo bronquiolite e pneumonia. O diagnóstico de coqueluche foi confirmado no dia 21 pelo Laboratório Central (Lacen). Devido à idade, a criança ainda não havia recebido as doses iniciais da vacina que protege contra a doença.

DOENÇA DE ALTA TRANSMISSÃO

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, altamente transmissível e de notificação obrigatória. O ser humano é o único reservatório natural da bactéria Bordetella pertussis, causadora da enfermidade. A transmissão ocorre pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.

Entre 2019 e 2025, Campo Grande registrou 21 casos confirmados de coqueluche, sendo nove em homens e 12 em mulheres, com idades entre 1 e 64 anos. Especialistas reforçam a importância da vacinação para prevenção da doença, especialmente em bebês e crianças pequenas, que são mais vulneráveis a complicações graves. As autoridades de saúde recomendam que pais e responsáveis mantenham o calendário vacinal atualizado para evitar novos casos da doença.


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