Por Lauren Netto
Um terremoto de magnitude 4,5 na Escala Richter foi registrado no último sábado (1º) na região do Pantanal. O tremor foi sentido em Poconé (MT), a cerca de 100 km de Cuiabá, e alcançou áreas próximas à fronteira com Mato Grosso do Sul, incluindo a Barra do São Lourenço, em Corumbá.
O evento foi detectado pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com os especialistas, o epicentro do abalo sísmico foi identificado a aproximadamente 14 km de Porto Jofre, em uma área pantaneira.
O tremor foi classificado como de intensidade moderada e, apesar de ter sido sentido por moradores da região, não há registros de danos estruturais ou vítimas.
Esse tipo de fenômeno não é comum no Brasil, mas já foi observado em algumas regiões. O país está localizado em uma área de baixa atividade sísmica, distante das bordas das placas tectônicas, onde ocorrem os terremotos mais intensos.
Entenda a Escala Richter
A Escala Richter mede a magnitude dos terremotos com base na energia liberada pelas ondas sísmicas. Criada em 1935, ela não tem um limite máximo, mas geralmente varia de 1 a 10, sendo 10 o nível mais intenso.
O terremoto mais forte já registrado no mundo atingiu 9,5 graus, em Valdívia, no Chile, em 1960. Já no Brasil, o maior tremor ocorreu em janeiro de 2024, no Amazonas, com magnitude 6,6. O abalo aconteceu a mais de 600 km de profundidade, o que reduziu seus impactos na superfície.
Outro evento significativo foi registrado em junho de 2022, em Tarauacá (AC), quando um terremoto de magnitude 6,5 foi detectado.
Embora o Brasil não esteja em uma zona de alta atividade sísmica, abalos moderados, como o do Pantanal, podem ocorrer esporadicamente devido ao deslocamento de falhas geológicas internas.