Especialista da SES alerta que o rastreamento para câncer de intestino deve iniciar aos 45 anos

Detecção precoce permite chances de cura em mais de 90% dos casos

05/03/2025 00h00 - Atualizado há 4 meses

Por redação

Em artigo publicado no jornal O Globo, a médica que integra o time de assessoria técnica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Eduarda Tebet, destacou a necessidade de antecipar para os 45 anos o início dos exames de rastreamento do câncer de intestino. A publicação alerta para a importância do Março Azul, mês de conscientização sobre o tema.

Integrante da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e coordenadora da campanha nacional Março Azul, Tebet enfatiza que a medida segue diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e pode salvar vidas ao reduzir a mortalidade associada à doença, que está entre as principais causas de óbito por câncer no Brasil.

O câncer de intestino, designado colorretal – que afeta o intestino grosso e o reto – está diretamente relacionado a fatores de risco como obesidade, alimentação inadequada e sedentarismo. No artigo, assinado também pelo médico Marcelo Averbach, especialista da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e coordenador da mesma campanha, os especialistas alertam que a doença tem “uma relação direta com o que comemos e o quanto nos movimentamos”. O texto ainda enfatiza que “se detectado cedo, o câncer de intestino tem mais de 90% de chance de cura. ”

Além do diagnóstico precoce, Tebet defende a mudança de hábitos da população, especialmente na alimentação e na prática de atividades físicas, como forma de prevenção. Os especialistas também destacam a importância de fortalecer as campanhas de conscientização sobre hábitos saudáveis, como um meio eficaz de combater a doença.

Segundo os autores, o Brasil tem registrado um aumento na incidência desse tipo de câncer, o que reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção.

A recomendação para iniciar o rastreamento aos 45 anos segue um movimento internacional de antecipação da triagem, diante do envelhecimento populacional e do impacto crescente da doença na saúde pública. Para Tebet, essa mudança pode representar um avanço decisivo na redução dos casos avançados e no sucesso do tratamento, disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul e em todo o País.


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