Por Lauren Netto
O Parque das Nações Indígenas recebeu, neste domingo (9), a terceira edição do Festival de Verão, evento promovido pela Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte) para incentivar a prática esportiva ao ar livre e democratizar o acesso às atividades físicas. A iniciativa marcou a abertura do calendário esportivo do estado e contou com grande participação popular em diversas modalidades.
Titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), Marcelo Miranda destacou a importância do festival para motivar a população a incluir o esporte na rotina.
“Já é um evento consolidado que tem como objetivo motivar as pessoas para a prática de atividades físicas. Temos índices assustadores de sedentarismo em Mato Grosso do Sul, mesmo com o clima agradável e parques maravilhosos como este. Queremos incentivar as pessoas e mostrar a diversidade de opções existentes. Dependendo dos problemas de saúde ou da condição física, é possível encontrar uma atividade que seja prazerosa. Nossa esperança é que a prática esportiva seja incorporada no dia a dia para proporcionar mais qualidade de vida”, ressaltou.
Corrida feminina abre programação
As atividades começaram logo cedo, às 7h, com a corrida em alusão ao Dia das Mulheres, que reuniu mais de 800 participantes, incluindo integrantes do Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro e Polícia Militar.
Entre as corredoras estava a professora Cristiane Bonfim, de 45 anos, que já pratica CrossFit e corrida e fez questão de estar presente no evento.
“Acho muito importante buscarmos qualidade de vida e participarmos desses eventos, trazendo a família e unindo natureza, saúde e diversão. Pratico corrida há um ano. Minha primeira prova foi no ano passado, justamente nessa corrida feminina, então esta é minha segunda participação. Comecei a correr para aliviar o estresse do dia a dia, gostei e segui em frente. Não faço treinamento específico, mas incluo a corrida na minha rotina semanal e participo de algumas provas”, relatou.
Novas modalidades ampliam opções do festival
O festival trouxe uma programação diversificada, incluindo ioga, capoeira, malabarismo, canoagem, arco e flecha, fitdance, hitbox e crossfit. Uma das novidades deste ano foi o wrestling (luta olímpica).
Presidente da Federação de Wrestling de Mato Grosso do Sul (FWMS), Agnaldo Pereira dos Santos destacou que o evento foi uma oportunidade valiosa para apresentar a modalidade ao público.
“É muito interessante que as pessoas possam conhecer nossa modalidade, tirar dúvidas e se envolver. Muitos perguntam o que é, como funciona, e isso gera curiosidade, especialmente entre as crianças. Tivemos muitas delas se interessando e querendo praticar. O festival também conta com atividades de malabarismo e ginástica, que fazem parte da luta e chamam a atenção dos pequenos”, explicou.
Outra atividade que atraiu grande interesse foi a canoagem. A estudante Luara Vilalba, de 17 anos, participou pela primeira vez do festival e se surpreendeu com a experiência.
“Nunca tinha experimentado a canoagem, então no início fiquei um pouco confusa, mas os professores ajudaram e eu gostei bastante. Pretendo continuar no esporte. Esses eventos são importantes porque chamam a atenção da comunidade para participar. Todo mundo se une através do esporte, que é saúde. A atividade física sempre esteve presente na minha vida. Sou dançarina há 14 anos, jogo vôlei e vôlei de areia, e já pratiquei muay thai e fitdance. Quando vi o post no Instagram, pensei: ‘Nossa, é um lugar perfeito, não posso perder!’”, relatou.
Ioga ao ar livre
A ioga também foi uma das modalidades mais procuradas, reunindo praticantes de todas as idades. Com mais de sete anos de experiência na prática, Dyoni de Arruda Pereira, 64 anos, ressaltou os benefícios da atividade.
“Sempre fui uma pessoa de bem com a vida, e a ioga só veio complementar isso. Me tornei uma pessoa melhor depois que comecei a praticar. Nunca mais parei. Venho todo domingo pela manhã. Quando a prática é ao ar livre, a energia é completamente diferente. Somos pura energia, e quando estamos na natureza, saímos renovados e equilibrados. O ser humano precisa estar sempre preparado física, mental e espiritualmente. Sempre fiz exercícios físicos e, agora, com 64 anos, a ioga se tornou a modalidade perfeita para mim, pois é de baixo impacto e me ajuda muito”, disse.