Por Lauren Netto
A chegada de uma frente fria a Mato Grosso do Sul deve deixar o tempo instável ao longo da semana, com períodos de sol intercalados com aumento de nebulosidade e pancadas de chuva. Em algumas regiões, as precipitações podem ser intensas, acompanhadas de raios e rajadas de vento.
De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), a combinação da frente fria com áreas de baixa pressão atmosférica favorece a formação de nuvens carregadas, principalmente nas regiões oeste, sudoeste e sul do estado. Além disso, o aquecimento diurno e o deslocamento de cavados podem intensificar as instabilidades, aumentando a chance de tempestades isoladas.
Apesar da previsão de chuvas fortes, os acumulados não devem ser expressivos.
Temperaturas seguem elevadas
Mesmo com a atuação da frente fria, as temperaturas devem continuar altas em todo o estado. A sensação de abafamento, no entanto, pode diminuir.
Nas regiões sul, leste e sudeste, os termômetros devem variar entre 23°C e 39°C. Já no Pantanal e no sudoeste, as mínimas serão de 24°C, com máximas de até 37°C. No norte e na região do bolsão, as temperaturas devem oscilar entre 23°C e 39°C.
Em Campo Grande, a previsão indica mínima de 23°C e máxima de 34°C. O céu deve alternar entre períodos de sol e aumento de nuvens, com possibilidade de pancadas de chuva e trovoadas isoladas.
Apesar da umidade relativa do ar ser elevada durante as chuvas, os índices devem cair ao longo do dia, chegando a 30%, o que é considerado estado de atenção.
Março deve ter calor acima da média e risco de incêndios
Após o período chuvoso, o mês de março deve voltar a ser quente e seco, com previsão de temperaturas acima da média histórica e chuvas abaixo do esperado.
Em 2023, março foi o mês menos chuvoso do ano, com um acumulado 87% inferior à média de 149 mm para o período. Em 2024, os primeiros meses do ano já registraram baixos volumes de chuva: janeiro teve apenas 50,8 mm e fevereiro, 116 mm, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A tendência de tempo seco nos próximos meses preocupa o Governo do Estado, que já começa a planejar ações preventivas para evitar incêndios no Pantanal sul-mato-grossense. A expectativa é de que a operação realizada no ano passado seja reeditada para reforçar o combate ao fogo na região.
Embora 17% do bioma tenha sido atingido por queimadas em 2023, o cenário foi menos grave do que em 2020, quando mais de 4 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo. A previsão de estiagem prolongada aumenta o risco de novos incêndios, reforçando a necessidade de medidas preventivas.
