Por Lauren Netto
A partir da próxima segunda-feira (17), mais de 150 servidores do programa Mais Social iniciarão uma busca ativa em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul para localizar famílias em situação de extrema pobreza que ainda não recebem assistência. A iniciativa faz parte do esforço do governo estadual para erradicar a extrema pobreza e tornar MS o primeiro estado do país a alcançar esse feito.
As equipes irão de casa em casa para identificar possíveis beneficiários, desde que atendam aos critérios dos programas sociais. Segundo o governador Eduardo Riedel, a ação é uma das prioridades da gestão. “Vocês vão ajudar a eliminar a extrema pobreza, retirando dessa situação as famílias que recebem menos de R$ 209 per capita. Estamos tendo uma conduta técnica. Vocês estão carregando uma das principais bandeiras do Governo, que é crescer sem deixar ninguém para trás”, destacou.
A secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), Patrícia Cozzolino, explicou que o trabalho foi viabilizado por um mapeamento detalhado da população em vulnerabilidade, realizado em parceria com a Segem/Segov (Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo).
“Quando assumimos a secretaria, encontramos 40 mil pessoas vivendo com menos de R$ 209 mensais per capita, caracterizadas como em extrema pobreza. Com os programas sociais, já conseguimos reduzir esse número, mas ainda há 17 mil pessoas nessa condição. Antes, elas eram chamadas de ‘invisíveis’, mas agora já as localizamos via georreferenciamento. Vamos até suas casas para oferecer essa oportunidade de mobilidade social”, explicou Cozzolino.
Segundo dados do IBGE, Mato Grosso do Sul reduziu a extrema pobreza em 25% em 2023, passando de 2,7% para 2% da população – um dos menores índices do país. Esse resultado é atribuído ao crescimento econômico e às políticas de assistência social, educação, trabalho e renda adotadas pelo estado.
Para viabilizar a busca ativa, os servidores se revezarão entre o atendimento presencial na sede do programa e as visitas domiciliares. Eles estarão identificados com coletes e crachás e utilizarão tablets para realizar o pré-cadastro das famílias que se enquadrarem nos critérios dos programas sociais.