Por Lauren Netto
O setor suinícola de Mato Grosso do Sul registrou um novo recorde em 2024, com um crescimento de 2,36% no número de abates em relação ao ano anterior. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que foram abatidos 2,78 milhões de suínos no estado, superando os 2,72 milhões registrados em 2023.
Embora o desempenho ao longo do ano tenha sido positivo, o último trimestre de 2024 apresentou uma leve retração de 5,3% em comparação ao trimestre anterior, totalizando 707.098 suínos abatidos. No entanto, quando comparado ao mesmo período de 2023, o crescimento foi expressivo, chegando a 13,7%.
O avanço do setor em Mato Grosso do Sul reflete uma tendência nacional. Entre as 25 Unidades da Federação analisadas, 14 registraram crescimento no número de abates em 2024. Os estados com maior expansão foram Paraná (+281,36 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+189,56 mil), Minas Gerais (+149,62 mil), Mato Grosso do Sul (+64,29 mil), São Paulo (+50,87 mil) e Goiás (+5,51 mil).
Por outro lado, alguns estados registraram retração no volume de abates. Mato Grosso teve a maior queda, com 24,35 mil suínos abatidos a menos, seguido por Santa Catarina, que apresentou redução de 14,18 mil cabeças.
Com esse crescimento, Mato Grosso do Sul manteve a 7ª posição no ranking nacional de abate de suínos. Santa Catarina segue na liderança, com 4,1 milhões de suínos abatidos ao longo do ano, enquanto o Paraná ocupa a segunda colocação, com 2,9 milhões de cabeças abatidas.
Recorde nacional
O abate de suínos no Brasil também atingiu um recorde em 2024, com 57,86 milhões de cabeças abatidas. Esse número representa uma alta de 1,2% em relação a 2023, o que equivale a 684,24 mil suínos a mais.
A Região Sul se mantém como a maior produtora do país. Santa Catarina responde por 29,1% do abate nacional, seguida por Paraná (21,5%) e Rio Grande do Sul (17,1%).
A produção brasileira de carne suína segue com forte demanda internacional. China e Filipinas são os principais compradores do produto nacional, cada um representando mais de 18% do total exportado. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, tanto a exportação de cortes suínos quanto a de frangos bateram recorde no ano passado.