Por Redação
A economia criativa reafirmou sua importância como impulsionadora do turismo e da valorização cultural durante a Feira Internacional de Destinos Inteligentes (FIDI) 2025, realizada em Bonito (MS). Nos dias 21 e 22 de março, a Praça da Liberdade recebeu o espaço MS+Criativo, promovido pela Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), por meio da Superintendência de Economia Criativa e Políticas Integradas. O ambiente reuniu artistas, artesãos e empreendedores do setor, proporcionando uma imersão na identidade sul-mato-grossense.
O espaço foi criado com o objetivo de fortalecer a cultura e a identidade regional, ampliar a visibilidade dos produtores locais e incentivar a geração de renda. Para o secretário da Setesc, Marcelo Ferreira Miranda, a economia criativa tem um papel essencial no desenvolvimento sustentável dos destinos turísticos.
“Eu acredito que uma cidade verdadeiramente inteligente não se define apenas pelo uso da tecnologia, mas também pela sua capacidade de ser criativa, empreendedora e sustentável. Nós queremos valorizar a inovação que significa abrir espaço para a cultura local, impulsionar a economia criativa para fortalecer a identidade regional. Proporcionando aos turistas a oportunidade de conhecer e vivenciar a riqueza do Pantanal e do Cerrado por meio de produtos artesanais autorais”, afirma.
A superintendente estadual de Economia Criativa, Luciana Azambuja, destacou a importância do evento para a moda autoral e o artesanato. “Estamos aqui reunindo 12 marcas autorais e artesanais, valorizando também a semana do artesão, prestigiando o nosso fazer manual com a identidade sul-mato-grossense. De forma a valorizar a cultura local, fomentar o turismo, o comércio e gerar renda.”
O diretor-presidente da Associação Eco Criativos da Grande Marambaia, Genivaldo Luz, 38, explicou como a iniciativa fortalece os empreendedores locais.
“Hoje estamos aqui expondo os nossos produtos, da Marambaia Eco Criativa que nasceu em 2024 em um bairro muito populoso aqui em Bonito e tem muitas famílias, algumas dessas famílias também em situação de vulnerabilidade que hoje através da Economia Criativa podem expor seus produtos e mostrar os seus talentos. Nós temos uma gama de profissionais muito grande com músicos, artistas visuais, profissionais do audiovisual, dança e artesanato.”
A participação no espaço MS+Criativo também foi um diferencial para empreendedores como Ana Mirian Cardeal, 54, sócia-proprietária da Inspiraê por Selma Brito, de Rio Verde de Mato Grosso. “Nós temos uma empresa de artesanato que fica em Rio Verde de Mato Grosso, nós usamos a faixa pantaneira pra fazer os nossos produtos com o objetivo de levar um pouquinho do Pantanal para todo o Brasil. Para nós, participar dessa feira é muito importante, é uma forma de mostrarmos o nosso produto para vários turistas que vem para o Brasil e também estar valorizando a nossa cultura aqui do Pantanal.”
A empresária Célia Maria Silveira, 60, ressaltou o impacto da feira no reconhecimento do trabalho manual e na economia local. “No momento em que saía do trabalho me chamou a atenção as nécessaires de couro com a faixa pantaneira. Sempre que há essas feiras, gosto de olhar e adquirir alguma peça, pois acredito que devemos incentivar esse tipo de produção. Nosso estado tem um artesanato riquíssimo. Rio Verde, por exemplo, é repleto de trabalhos lindos. Tudo isso movimenta a cidade e fortalece o comércio, algo essencial para nós, empreendedores.”
Além da exposição de produtos autorais, o espaço contou com apresentações musicais regionais e performances artísticas, reforçando a conexão entre cultura, turismo e economia criativa.