Valor do milho dispara e atinge maior nível desde 2022

Oferta limitada, demanda crescente e estoques reduzidos impulsionam a valorização do cereal

24/03/2025 00h00 - Atualizado há 3 meses

Por Lauren Netto

O preço do milho no Brasil atingiu o maior valor dos últimos três anos, impulsionado pela oferta restrita, demanda aquecida e estoques reduzidos. O Indicador de Preço ESALQ/BM&FBovespa, base Campinas (SP), apurado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), manteve-se acima dos R$ 90 por saca ao longo da última semana, marcando o maior nível nominal desde abril de 2022. No início deste ano, a cotação estava em R$ 72,94, enquanto em março de 2024 era de R$ 62,62.

A valorização do cereal tem impacto direto nos custos das cadeias de frango, suíno e ovos, uma vez que o milho é um dos principais insumos da ração animal.

O primeiro semestre tradicionalmente registra menor disponibilidade de milho no Brasil. Apesar da previsão de crescimento de 8,3% na safra de verão 2024/25, com expectativa de 24,8 milhões de toneladas, o ritmo da colheita tem sido mais lento que o normal.

Em Santa Catarina, estado onde o cereal tem forte impacto sobre a suinocultura e a avicultura, 62% da área havia sido colhida até 17 de março, abaixo da média histórica de 72% para o período. Já em Minas Gerais, o percentual colhido era de 22%, dois pontos percentuais abaixo do registrado no ano passado.

Outro fator que influencia a valorização do milho são os estoques iniciais da safra 2024/25, que estão em 2,04 milhões de toneladas, um volume bem inferior aos 7,2 milhões de toneladas da temporada anterior.


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