Por Andrella Okata
O mercado imobiliário de Campo Grande registrou um crescimento acelerado nas últimas três décadas, com o número de residências construídas superando o aumento da população. De acordo com um estudo da organização WRI Brasil, a capital sul-mato-grossense está entre as cidades que mais expandiram horizontalmente no período de 1993 a 2020.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, entre 1991 e 2022, a população de Campo Grande aumentou 70,7%, passando de 526.126 para 898.100 habitantes. Já o número de residências cresceu 200% no mesmo período, saltando de 130.762 para 392.326 unidades habitacionais.
Embora a verticalização também esteja em curso na cidade, a ampliação horizontal foi determinante para esse crescimento, colocando Campo Grande ao lado de municípios como Londrina, Manaus, Natal e Cuiabá, que seguiram a mesma tendência.
Segundo o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), o avanço do setor é impulsionado pelo crescimento econômico do estado e pela valorização das commodities e dos serviços. “Com os resultados da evolução do PIB de nosso Estado somados ao aquecimento do mercado de commodities e serviços, as construtoras passaram a se mobilizar para atender a demanda de imóveis residenciais não só para Campo Grande como para todo estado do MS. A maioria dos imóveis ofertados tem características comerciais ou de serviço. Os imóveis residenciais para locação estão com muita procura nas imobiliárias, principalmente por causa da elevação da taxa de juros (Selic) trazendo preocupação a potenciais compradores”, explicou.
