Por Andrella Okata
O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) decidiu suspender imediatamente as atividades do Empreendimento Turístico Alto de Formoso Ltda, responsável pela Praia da Figueira, um dos atrativos mais visitados de Bonito. A medida foi tomada após o órgão determinar a paralisação da licença de operação emitida em 2021, sem especificar detalhadamente os motivos.
A decisão, assinada pelo diretor-presidente do Imasul, Andre Borges, aponta que a suspensão foi baseada na autotutela do instituto, conforme previsto pela Política Nacional de Meio Ambiente, que prevê a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras. A ordem destaca ainda que, caso o empreendimento não cumpra a determinação, poderá ser responsabilizado por crime ambiental.
O Empreendimento Turístico Alto de Formoso Ltda, que ocupa uma área de 600 mil m², oferece atividades como balneário, flutuação e passeios ecológicos. O site do atrativo ainda não foi atualizado para refletir a paralisação e, até o momento, o Imasul não forneceu mais detalhes sobre a situação.
A suspensão ocorre no momento em que o Ministério Público Estadual investiga a denúncia de desvio de água do Rio Formoso para abastecer um açude do empreendimento. De acordo com relatório de fiscais do Imasul, duas bombas foram identificadas na captação irregular de água, uma prática proibida por lei municipal, especialmente em áreas de preservação ambiental.
Em resposta a essas questões, o promotor responsável pelo caso, Alexandre Estuqui Jr, solicitou esclarecimentos a André Borges sobre a legalidade das atividades do atrativo. O inquérito civil foi instaurado no final de fevereiro, após uma denúncia anônima sobre o desvio de água, um problema que também afetou outros rios da região.