Por Lauren Netto
O governador Eduardo Riedel assinou, nesta quinta-feira (27), um decreto que estabelece estado de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul por um período de 180 dias. A medida foi tomada devido às condições climáticas adversas, que aumentam a possibilidade de incêndios florestais em todos os biomas do estado, com maior impacto no Pantanal.
A assinatura do decreto ocorreu durante o lançamento do Pacto do Pantanal, programa voltado ao desenvolvimento sustentável da região. O evento contou com a presença do ministro substituto do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco.
“O decreto de emergência foi assinado em função das condições climáticas adversas, avaliadas através do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e da própria Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
Prevenção e combate ao fogo
Verruck ressaltou que o decreto reforça a organização das ações de enfrentamento às queimadas. “Estamos com volume hídrico abaixo da média histórica para o período da região do Pantanal. Então este decreto de emergência que vale por 180 dias contribui para ordenarmos todas as nossas ações de prevenção e sabemos que daqui um mês já estaremos fazendo ações de combate a incêndios florestais no Pantanal”, completou.
Para conter o avanço do fogo, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul contará com um investimento de R$ 34,8 milhões neste ano, além do reforço de 177 militares distribuídos em 11 bases operacionais ao longo do Pantanal. A estrutura inclui equipamentos especializados, viaturas, embarcações e aeronaves para atuação rápida nas áreas de risco.
A estratégia do Corpo de Bombeiros, segundo o comandante da corporação, coronel Frederico Salas, é manter equipes posicionadas para responder com agilidade às emergências. “A corporação tem um grande desafio pela frente. Ano passado (2024) tivemos resultados bem expressivos na preservação de muitas áreas devido à estratégia e reforço de outras instituições no combate aos incêndios florestais. Em 2025 será repetida esta estratégia. Estamos mantendo 11 bases avançadas em toda região do Pantanal para termos um tempo de resposta muito mais ágil”, afirmou.
O plano de operações da corporação foi aprovado durante o evento do Pacto do Pantanal, consolidando as medidas preventivas para enfrentar o período mais crítico da seca e evitar danos ambientais severos no estado.