Daniel Junior vence eleição e assume presidência da União das Câmaras de Vereadores de MS

Eleição foi marcada por polêmicas e acusações entre as chapas concorrentes

03/04/2025 00h00 - Atualizado há 3 meses

Por Redação

O vereador de Dourados, Daniel Junior (PP), foi eleito presidente da União das Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCV-MS). Ele e o vice, Junior Coringa, venceram o atual presidente, Jeovani Vieira (PSDB), de Jateí, por 198 votos a 166.

A eleição foi marcada por disputas acirradas e trocas de acusações entre as chapas. A equipe de Daniel Junior alegou que a chapa de Jeovani Vieira tentou influenciar o resultado permitindo o voto de ex-vereadores. Já o grupo do então presidente acusou a comissão eleitoral de favorecer a oposição, criticando a distribuição de 31 urnas, uma para cada município, o que, segundo eles, teria servido como forma de pressão sobre os vereadores votantes.

A União das Câmaras enfrenta uma crise de representatividade. Das 79 Câmaras Municipais do estado, apenas 31 seguem filiadas, uma queda expressiva em relação ao passado, quando mais de 60 faziam parte da entidade.

A Câmara de Campo Grande, por exemplo, se desfiliou após o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) proibir repasses para a instituição. Com isso, a maioria dos parlamentares da Capital ficou de fora da eleição. Segundo o primeiro secretário da Câmara de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), a decisão foi tomada devido à falta de transparência na prestação de contas da União das Câmaras.

"O Tribunal de Contas proibiu repassar o dinheiro porque não tinha certidão negativa, não prestava contas, não fazia nada. Aí o TCE recomendou não passar. Eu, com receio de ter que devolver isso, não repassei. Algumas Câmaras não tiveram essa recomendação e pagavam. Eu suspendi o pagamento", afirmou Carlão.

Atual gestão é alvo de investigação

Além dos desafios internos, a União das Câmaras também enfrenta problemas jurídicos. Recentemente, a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande aceitou uma denúncia contra Jeovani Vieira por supostas irregularidades na prestação de contas de 2021 da entidade. A investigação aponta falhas em pagamentos no valor de R$ 164,1 mil, com ausência de notas fiscais.

O atual presidente nega qualquer irregularidade e atribui as falhas a práticas administrativas antigas.


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