ANTT autoriza construção de ramal ferroviário da Arauco para escoamento de celulose em Inocência

Novo trecho ferroviário vai conectar fábrica em Inocência à Malha Norte, principal rota de exportação da celulose no Estado

08/04/2025 00h00 - Atualizado há 2 meses

Por Lauren Netto

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou por unanimidade a proposta da empresa Arauco Celulose do Brasil S.A. para a construção e operação de um ramal ferroviário em Inocência, no leste de Mato Grosso do Sul. A autorização vale por 99 anos e visa integrar a nova fábrica de celulose da companhia à Malha Norte, ferrovia estratégica para o escoamento da produção no Estado.

Com investimentos de US$ 4,6 bilhões, a planta industrial em construção no município deve produzir cerca de 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano. Para viabilizar a logística, a empresa pretende construir um ramal de 47 quilômetros que ligará a unidade à Ferrovia Norte Brasil (EF-364), mais conhecida como Malha Norte, atualmente operada pela Rumo Logística.

A ferrovia, que conecta Santa Fé do Sul (SP) a Rondonópolis (MT), tem se consolidado como principal rota de transporte ferroviário da celulose sul-mato-grossense até os portos de exportação.

No fim de semana, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, visitou a área onde será implantado o terminal ferroviário da Arauco. Segundo ele, os investimentos reforçam o papel da Malha Norte como estrutura essencial para o setor. “Esses investimentos refletem a importância estratégica da Malha Norte para o setor de celulose, proporcionando uma solução logística eficiente para o escoamento da produção até os portos de exportação. Essa aqui é a principal ferrovia de escoamento da celulose do Mato Grosso do Sul”, salientou.

Além da Arauco, a Suzano já utiliza a Malha Norte para o transporte de celulose produzida em Ribas do Rio Pardo. O produto é enviado por caminhões até um terminal ferroviário e segue rumo ao Porto de Santos, de onde é exportado.

Para Verruck, o Governo do Estado acompanha de perto o desenvolvimento da infraestrutura ferroviária como eixo logístico fundamental. “A logística da celulose está pautada exatamente nessa ferrovia. Por isso para o Governo é importante que ela mantenha essa atividade e que efetivamente conecte toda a produção de celulose na nossa Malha Norte”, afirmou.

Ele ainda destacou a importância de ampliar a integração entre as ferrovias do Estado. “Entendemos que a ferrovia é operacional e altamente competitiva. Por isso apostamos também no desenvolvimento da Malha Oeste conectando com a Malha Norte”, concluiu.


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