Redução da jornada de trabalho tem apoio de 65% dos brasileiros, aponta pesquisa

Pesquisa da Nexus ouviu dois mil brasileiros e revelou que a qualidade de vida é o principal motivo para apoiar a redução da carga horária semanal

08/04/2025 00h00 - Atualizado há 2 meses

Por Lauren Netto

A maioria dos brasileiros apoia a redução da carga horária semanal de trabalho. Segundo pesquisa divulgada pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados, 65% dos entrevistados se disseram favoráveis à diminuição das atuais 44 horas semanais. Outros 27% se posicionaram contra, enquanto 5% afirmaram não ter opinião formada e 3% não souberam responder.

O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 15 de janeiro de 2025, com 2 mil pessoas maiores de 16 anos, em todas as unidades da federação.

Entre os principais motivos apontados pelos entrevistados que defendem a redução estão a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores (65%), aumento da produtividade (55%), desenvolvimento social (45%) e crescimento econômico (40%). Para 35%, a mudança também poderia gerar aumento na lucratividade das empresas.

A pesquisa também investigou a percepção sobre diferentes formatos de jornada. Quando perguntados sobre a atual escala de seis dias trabalhados para um de descanso, 54% se posicionaram contra esse modelo, enquanto 39% se disseram favoráveis.

A proposta que prevê a criação da chamada “semana de quatro dias úteis” também foi avaliada. A PEC da Escala 6x1, que tramita na Câmara dos Deputados, sugere uma jornada de até 36 horas semanais, distribuídas em quatro dias de trabalho e três de folga, sem redução de salário. A medida teve apoio de 63% dos entrevistados, enquanto 31% se manifestaram contra.

Para 42% dos ouvidos, a mudança traria impactos positivos para o país. Já 30% acreditam que os efeitos seriam negativos e 22% disseram que não faria diferença.

Caso a redução da jornada se tornasse realidade, 47% afirmaram que usariam o tempo livre para ficar mais com a família. Outros objetivos mencionados foram: cuidar da saúde (25%), buscar uma renda extra (22%) e investir em formação profissional (17%).


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