Chuva de meteoros Líridas tem pico na madrugada de segunda para terça

Fenômeno causado por fragmentos do Cometa Tatcher poderá ser visto com mais clareza por volta da 1h, em locais escuros e sem poluição luminosa

20/04/2025 00h00 - Atualizado há 2 meses

Por Lauren Netto

A tradicional chuva de meteoros Líridas, que ocorre todos os anos no mês de abril, deve alcançar seu pico de visibilidade entre a noite desta segunda-feira (21) e a madrugada de terça-feira (22). O fenômeno poderá ser observado em todo o território brasileiro, com maior intensidade por volta da 1h no horário local (MS) — o que corresponde às 2h no horário de Brasília.

Esse espetáculo natural acontece quando a Terra atravessa uma área do espaço repleta de partículas e detritos deixados pelo Cometa Tatcher (C/1861 G1). Desde o dia 14 de abril, a frequência de meteoros nos céus brasileiros já tem aumentado, e a expectativa é de que o ponto máximo ocorra na próxima madrugada.

O astrônomo Marcelo De Cicco, parceiro do Observatório Nacional, explica que, por volta das 2h, o chamado "radiante" — ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir — estará na sua posição mais alta, favorecendo a observação.

Para quem estiver em locais escuros, longe das luzes artificiais e com pouca interferência da Lua, será possível avistar até 18 meteoros por hora. Segundo o especialista, o ideal é olhar para o quadrante norte do céu, especialmente na direção da estrela Vega, uma das mais brilhantes.

A chuva de meteoros Líridas ocorre anualmente entre os dias 14 e 30 de abril. Para se localizar no céu sem o uso de bússola, uma dica simples é estender o braço direito para onde o Sol nasce (leste) e o esquerdo para onde ele se põe (oeste). Dessa forma, a frente do corpo estará voltada para o norte.

Os meteoros são fragmentos de rocha e poeira espacial que entram na atmosfera da Terra e queimam por causa do atrito, deixando um rastro luminoso conhecido popularmente como “estrela cadente”.

Além do fascínio visual, o estudo desses fenômenos celestes ajuda cientistas a compreenderem melhor a formação do Sistema Solar e a prevenir danos a satélites e outros equipamentos espaciais que podem ser atingidos por detritos.


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