Por Redação
Mais de 9 mil pessoas participaram, nesta quarta-feira (23), da mobilização em defesa da educação pública no centro de Campo Grande. O ato integra a 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que neste ano tem como tema “Escola pública não é negócio. É direito!”.
Convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), a manifestação reuniu professoras, professores, trabalhadoras e trabalhadores administrativos da rede pública.
O objetivo do movimento foi reforçar a importância de um ensino público, gratuito, democrático, laico e de qualidade, além de alertar para os riscos da privatização e da militarização das escolas, e da desvalorização dos profissionais da educação.
A CNTE destacou que a privatização fragiliza a gestão democrática, transfere recursos públicos ao setor privado e ameaça direitos conquistados, como o piso salarial, os planos de carreira e a realização de concursos públicos. A entidade também criticou a precarização do trabalho dos funcionários da educação e projetos como o “Escola sem Partido”.
Para o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, o ato evidenciou a força da categoria e a necessidade de manter a mobilização. “Um dia de muita luta, de defender e reforçar nossas pautas. Não à privatização; verba pública precisa ser investida na educação pública. Nós lutamos muito por todos os direitos conquistados até aqui, mas a nossa luta não tem fim. Vamos continuar fortes, unidos e vigilantes”, reforçou.
No período da tarde, às 14h, será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para discutir o novo Plano Nacional de Educação (PNE), documento que estabelecerá metas e diretrizes para os próximos dez anos da educação brasileira. A audiência será conduzida pelos deputados estaduais Pedro Kemp e Gleice Jane, ambos do PT.
“Muito importante que o máximo de educadoras e educadores compareça a esse debate. Somente com diálogo democrático e participativo iremos garantir, cada vez mais, uma educação digna e de qualidade para nossas crianças”, ressaltou Bronzoni.
As entidades organizadoras reforçaram o chamado à participação popular e à presença da sociedade nas discussões que impactam diretamente o futuro da educação no país.
