Por Lauren Netto
O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (28) que o conclave para eleger o sucessor do papa Francisco começará no dia 7 de maio. A informação foi divulgada pela agência de notícias italiana Ansa, com base em fontes da congregação geral.
De acordo com as regras do Vaticano, no dia 7 de maio, os cardeais participarão de uma missa solene na Basílica de São Pedro. À tarde, os cardeais com menos de 80 anos, conhecidos como eleitores, se reunirão na Capela Sistina para dar início à votação, que ocorrerá a portas fechadas e poderá durar vários dias.
O anúncio do início do conclave aconteceu após a conclusão de uma nova "congregação geral", uma reunião privada dos cardeais, que contou com a presença de 180 membros, incluindo mais de 100 eleitores.
As votações no conclave seguirão a tradição, com quatro sessões por dia: duas pela manhã e duas à tarde. A eleição ocorrerá de forma sigilosa, e o novo papa será escolhido quando receber dois terços dos votos.
Antes da abertura do conclave, os cardeais continuam suas reuniões diárias no Vaticano nas "congregações gerais", onde discutem o perfil desejado para o futuro papa e as prioridades para a Igreja Católica.
Preparativos na Capela Sistina incluem o fechamento temporário para os visitantes dos Museus Vaticanos. No local, uma chaminé será instalada no telhado para sinalizar o resultado das votações: fumaça preta se nenhum papa for eleito e fumaça branca quando um novo pontífice for escolhido.
A escolha do próximo papa pode ser influenciada pelo contexto geopolítico, já que o papa Francisco teve um papel decisivo na composição do atual Sagrado Colégio, com destaque para a nomeação de cardeais da África e Ásia. Entre os possíveis favoritos para o posto estão o cardeal Pietro Parolin e o arcebispo emérito de Manila, Luis Antonio Tagle.
O futuro papa será anunciado "urbi et orbi" ao final do conclave. Durante esse período, o Vaticano estará de luto pela morte do papa Francisco, que faleceu no dia 26 de abril, quando ocorreu o seu funeral.
