Por Redação
Após cinco meses com bandeira verde, a conta de luz voltou a ficar mais cara nesta quinta-feira, 1º de maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a adoção da bandeira tarifária amarela para o mês, o que implica um custo adicional de R$ 1,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
A justificativa para a mudança é a transição do período chuvoso para o período seco, que reduziu o volume de chuvas nas regiões dos principais reservatórios do país. Em nota, a Aneel afirmou que a alteração é necessária porque “as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média”, o que pode exigir maior acionamento de usinas termelétricas, cuja geração é mais cara.
A decisão acompanha a projeção da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que já havia indicado, em março, a possibilidade da adoção da bandeira amarela em todos os cenários avaliados.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias serve como um sinal ao consumidor sobre os custos da geração de energia. Ele é definido mês a mês pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), considerando a disponibilidade de recursos hídricos e a necessidade de acionar fontes mais caras, como as termelétricas. Quando está em vigor a bandeira verde, não há cobrança extra. Já as bandeiras amarela e vermelha implicam acréscimos conforme o consumo.
A Aneel mantinha a bandeira verde desde dezembro do ano passado. Com o retorno da amarela, a conta de luz volta a ter acréscimo.