Por Redação
A repercussão da possível adoção de uma camisa vermelha pela Seleção Brasileira teve rejeição massiva nas redes sociais. Segundo pesquisa divulgada pela Quaest nesta quarta-feira (30), 90% das menções analisadas entre segunda (28) e terça-feira (29), até as 19h, foram contrárias à ideia. O estudo monitorou 24 milhões de interações em plataformas como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook, YouTube, Reddit, Tumblr e sites de notícias.
A empresa concluiu que a maioria expressou “reação crítica ou contrária à possibilidade de alteração nas cores tradicionais do uniforme”. A discussão foi impulsionada por uma reportagem publicada pelo portal inglês Footy Headlines na segunda-feira, que trouxe especulações sobre mudanças no uniforme brasileiro. Imagens não oficiais de camisas vermelhas circularam amplamente a partir de então, alimentando o debate.
Além das críticas de internautas, a possível mudança gerou reação política. Parlamentares ligados à direita associaram a cor vermelha ao Partido dos Trabalhadores (PT), legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Senadores e deputados do PL, como Flávio Bolsonaro, Eduardo Pazuello e Nikolas Ferreira, se manifestaram contra a proposta.
Flávio Bolsonaro afirmou que a mudança seria “uma afronta” e que “nossa bandeira não é vermelha”. Já Carla Zambelli ironizou a ideia ao dizer que a CBF deveria “colocar logo uma estrela do PT” no uniforme.
O narrador Galvão Bueno também criticou a suposta alteração. Durante seu programa “Galvão e Amigos”, exibido na Band, classificou a mudança como “um crime”. “A história do futebol brasileiro é muito rica, de momentos difíceis, mas também de muitas conquistas. Eu transmiti 52 jogos da Seleção. Então, acho que tenho algum direito de falar, mesmo sem nunca ter vestido a camisa”, declarou.
Diante da repercussão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou uma nota oficial na terça-feira (29) informando que “nem a CBF e nem a Nike divulgaram formalmente detalhes sobre a nova linha da Seleção” e que “a entidade reafirma o compromisso com seu estatuto”.
Cerca de três horas depois, a confederação atualizou a nota com um novo trecho que reforça a manutenção das cores tradicionais: “os padrões nas cores amarelo tradicional e azul serão mantidos”.
Nota original da CBF:
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que as imagens divulgadas recentemente de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais. Nem a CBF e nem a Nike divulgaram formalmente detalhes sobre a nova linha da Seleção. A entidade reafirma o compromisso com seu estatuto e informa que a nova coleção de uniformes para o Mundial ainda será definida em conjunto com a Nike.”
Nota atualizada:
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que as imagens divulgadas recentemente de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais. Nem a CBF e nem a Nike divulgaram formalmente detalhes sobre a nova linha da Seleção. A entidade reafirma o compromisso com seu estatuto (os padrões nas cores amarelo tradicional e azul serão mantidos) e informa que a nova coleção de uniformes para o Mundial ainda será definida em conjunto com a Nike.”