Por Lauren Netto
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campo Grande confirmou nesta última quarta-feira (30) o sexto caso de morcego infectado com o vírus da raiva na capital. Entre janeiro e abril, o órgão já recolheu quase 400 animais em diferentes bairros.
Segundo o CCZ, o novo registro foi feito no Jardim Veraneio. A última confirmação da doença havia sido divulgada no dia 22 de abril, sem detalhamento do local onde o animal foi encontrado.
Apesar da sequência de casos, o centro afirma que a situação não representa motivo de alarme. “Isso já era esperado a partir do momento que a população tem sido informada sobre o que fazer no momento em que encontra um morcego caído no chão”, afirmou uma representante do CCZ, em comunicado publicado nas redes sociais.
Com o avanço da divulgação de orientações, aumentou o número de chamadas da população solicitando o recolhimento desses mamíferos.
A recomendação do CCZ é clara: ao avistar um morcego caído no chão ou dentro de casa, não se deve tocá-lo, esteja ele vivo ou morto. Nesses casos, é preciso acionar a equipe especializada para o recolhimento.
Também é fundamental manter a vacinação antirrábica de cães e gatos em dia, já que esses animais podem ser transmissores da doença para seres humanos. Em caso de qualquer tipo de contato com morcegos, a orientação é buscar imediatamente atendimento médico.
Como acionar o CCZ
As solicitações de recolhimento de morcegos caídos no chão ou pendurados em locais baixos podem ser feitas pelos seguintes canais:
• Telefone geral: (67) 3313-5000
• Segunda a sexta, das 7h às 17h: (67) 2020-1801 / 2020-1789
• Segunda a sexta, das 17h às 21h, e aos fins de semana e feriados, das 6h às 22h: (67) 2020-1794
O órgão esclarece que não realiza captura de morcegos em locais altos, não faz desalojamento de colônias nem higienização de áreas como telhados.
A raiva
Transmitida por mordidas ou arranhões de animais infectados, a raiva é uma doença grave. Os morcegos são os principais vetores do vírus. Em humanos, os primeiros sintomas incluem febre, dor de cabeça, náuseas e dor de garganta. Com a progressão do quadro, o paciente pode entrar em coma e evoluir para óbito.
A prevenção é possível por meio da vacinação antirrábica e da profilaxia pós-exposição, que deve ser iniciada logo após um possível contato com o vírus.