Por Redação
Aparecida Gonçalves, a Cida Gonçalves, que estava à frente do Ministério das Mulheres desde janeiro de 2023, foi exonerada nesta segunda-feira (5). A saída da ministra do primeiro escalão do governo Lula já vinha sendo cogitada desde o início do ano. Para o lugar de Cida, assume a assistente social Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social. Ambas são filiadas ao Partido dos Trabalhadores (PT).
A troca no comando do ministério foi oficializada pelo Palácio do Planalto e será publicada ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial da União.
Em nota, o Ministério das Mulheres informou:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse, na manhã desta segunda-feira, 5 de maio, à assistente social e professora Márcia Lopes para o cargo de ministra das Mulheres, até então ocupado por Cida Gonçalves.”
Cida é especialista em gênero e em enfrentamento à violência contra mulheres. Ela atua há mais de quatro décadas como ativista pelos direitos das mulheres. Sua trajetória política tem forte ligação com Mato Grosso do Sul. Atuou em Campo Grande como coordenadora do movimento popular de mulheres nas décadas de 1980 e 1990, período em que ajudou a articular a criação da Central dos Movimentos Populares no Brasil. Também integrou o governo de Zeca do PT no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000.
A exoneração faz parte do movimento de “acomodação política” do governo federal, também associada à recente promessa do presidente Lula de realizar uma reforma ministerial.
Cida Gonçalves chegou a ser investigada por assédio moral no ministério. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu procedimento contra ela em fevereiro, mas arquivou o caso por falta de provas.
