Por Redação
O custo da cesta básica voltou a subir em Campo Grande no mês de abril, com alta de 2,09%, segundo levantamento divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O preço chegou a R$ 805,08, mantendo a capital sul-mato-grossense como a 5ª mais cara do país no ranking de capitais.
O aumento foi puxado pelas altas expressivas da batata (21,07%) e do tomate (15,63%). O tomate, com valor médio de R$ 9,62, já acumula quatro meses consecutivos de elevação. Já a batata, com preço médio de R$ 5,00, tem oscilado ao longo do ano. Outro item que subiu foi o feijão-carioca, com variação de 3,01%.
Por outro lado, alguns produtos tiveram queda. O arroz agulhinha registrou sua terceira redução consecutiva no ano, caindo 5,81%, com preço médio de R$ 6,22. Também houve recuo no preço da carne bovina (-0,52%) e do óleo de soja (-2,17%), embora ambos continuem com valores altos: R$ 43,95 e R$ 7,13, respectivamente.
Para comparação, em abril de 2024 esses mesmos itens custavam, em média, R$ 35,14 (carne) e R$ 5,23 (óleo). Com os novos valores, o trabalhador que recebe um salário mínimo precisou comprometer 57,34% da renda líquida para adquirir a cesta básica no mês de abril.
A jornada de trabalho necessária para adquirir todos os itens foi de 116 horas e 41 minutos, 2 horas e 24 minutos a mais que em março. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o acréscimo foi de 2 horas e 31 minutos — em abril de 2024, a jornada foi de 114 horas e 10 minutos.
Entre as capitais brasileiras, São Paulo registrou o maior custo da cesta básica, chegando a R$ 909,25. Na sequência aparecem Florianópolis (R$ 858,20), Rio de Janeiro (R$ 849,70) e Porto Alegre (R$ 834,22).