Exportação de carne bovina brasileira para os Estados Unidos salta quase 500% em abril

Com 47,8 mil toneladas embarcadas no mês, os Estados Unidos se tornaram o segundo maior destino da carne do Brasil, mesmo com tarifas mais altas

10/05/2025 00h00 - Atualizado há 1 mês

Por Redação

As exportações de carne bovina brasileira seguem em ritmo de crescimento e surpreenderam em abril de 2025. O país embarcou 273,4 mil toneladas do produto no mês, gerando uma receita de US$ 1,33 bilhão. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).

A China manteve a liderança entre os destinos, com 107,8 mil toneladas importadas — o que representa 39,4% do volume total exportado — e uma receita de US$ 530 milhões. Logo atrás, os Estados Unidos chamaram atenção com um aumento expressivo: foram 47,8 mil toneladas adquiridas, o equivalente a 17,5% das exportações. Em comparação com abril do ano passado, os americanos compraram 498% mais carne brasileira.

No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os EUA se consolidaram como o segundo maior mercado para a carne bovina do Brasil, com 135,8 mil toneladas importadas e participação de 14,3%. O avanço ocorre mesmo com a vigência das sobretaxas impostas pelo governo Donald Trump. Ainda assim, os americanos mais que quintuplicaram suas compras no período.

Na comparação com março, o Brasil registrou em abril altas de 13,1% em valor e de 10,2% em volume exportado. Frente ao mesmo mês de 2024, os embarques cresceram 15,3% em volume e 27,6% em receita.

A carne bovina in natura respondeu por 88,4% do volume total enviado ao exterior e por 91,3% do faturamento no mês, mantendo a liderança entre os tipos de produtos exportados.

Entre janeiro e abril, o país exportou 949,9 mil toneladas de carne bovina — crescimento de 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita alcançou US$ 4,55 bilhões, alta de 23,7%.

A China permanece como o principal destino no quadrimestre, com 392,3 mil toneladas importadas e receita de US$ 1,89 bilhão. O volume representa 41,3% das exportações totais e é 12,8% maior do que o registrado no mesmo período de 2024.

Além disso, o setor vem diversificando a pauta exportadora. Destaque para a gordura bovina, cujas exportações cresceram 199,4% em volume em relação a abril do ano passado. Também houve aumento nas vendas de carnes industrializadas (+11,5% em receita), miúdos (+11,8%) e produtos salgados (+62,2%).

No acumulado do ano, além da China e dos Estados Unidos, completam a lista dos dez principais destinos: Chile (39.819 t), Hong Kong (33.711 t), União Europeia (29.777 t), Egito (27.421 t), Rússia (27.397 t), Argélia (24.985 t), México (24.313 t) e Arábia Saudita (20.909 t).

Somente em abril, os maiores compradores após China e EUA foram: México (10.978 t), Hong Kong (9.423 t), Chile (9.329 t), Egito (9.099 t), Rússia (7.938 t), União Europeia (7.425 t), Filipinas (7.078 t) e Arábia Saudita (6.294 t). Esses mercados concentraram juntos mais de 81% dos embarques realizados no mês.


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