Por Redação
Em busca de novas parcerias e oportunidades para o setor de biocombustíveis, o governador Eduardo Riedel participou nesta terça-feira (13) de reuniões com empresários de bioenergia em Nova Iorque. O encontro aconteceu durante o evento internacional Sugar & Ethanol Week, que reúne autoridades políticas, investidores e especialistas para discutir o papel da bioenergia na mobilidade sustentável e na segurança energética global.
“Estou aqui em Nova Iorque e tivemos um dia muito produtivo. Reunião com empresário de bioenergia, discutindo vários projetos interessantes para o Mato Grosso do Sul. Estamos vendo este setor investir em biometano, etanol (milho ou cana-de-açúcar) no Estado”, afirmou o governador.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a senadora Tereza Cristina também estiveram presentes no encontro.
O evento, que segue até esta quarta-feira (14), tem como tema central “Etanol nas Fronteiras da Mobilidade” e promove debates sobre o uso de biocombustíveis como solução de baixo carbono. A delegação de Mato Grosso do Sul inclui ainda os secretários Jaime Verruck (Semadesc) e Rodrigo Perez (Segov).
Com uma política consolidada de carbono neutro, Mato Grosso do Sul se firmou como um dos principais polos de bioenergia do país. Atualmente, o Estado possui 800 mil hectares de cana-de-açúcar plantados em 42 municípios, com potencial de expansão sem necessidade de desmatamento. São 22 usinas em operação — entre produção de etanol a partir de cana e milho —, responsáveis por gerar etanol hidratado, anidro, bioeletricidade e, mais recentemente, biometano.
As projeções para a safra 2025/2026 indicam crescimento de 3,5% na moagem de cana, com estimativa de 50,5 milhões de toneladas processadas e produção de 4,7 bilhões de litros de etanol — volume 11% maior que o da safra atual, que já foi histórica, com 4,2 bilhões de litros.
O setor de bioenergia representa 17% do PIB industrial de Mato Grosso do Sul e gera mais de 30 mil empregos diretos, consolidando o Estado como o 4º maior produtor de etanol e o 4º em bioexportação no país, com papel central na transição energética brasileira.