Casamentos duram, em média, 11,8 anos em MS; 4º menor tempo do país, segundo IBGE

Estado também ocupa a 3ª posição entre as maiores taxas de divórcio do Brasil, com 3,8%

16/05/2025 00h00 - Atualizado há 1 mês

Por Redação

Mato Grosso do Sul se mantém entre os estados com maior taxa de divórcios do país, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Estatísticas do Registro Civil. Em 2023, foram registrados 7.805 divórcios em 1ª instância ou por escritura pública no estado, número que representa um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 7.678 dissoluções formais.

Apesar do leve crescimento, o índice manteve Mato Grosso do Sul na 3ª colocação entre os estados com maior taxa de divórcio do Brasil, com 3,8% — mesma taxa registrada em 2022. O cálculo considera o número de separações a cada 1.000 pessoas com 20 anos ou mais.

A maior taxa nacional foi observada em Rondônia (5%), seguida pelo Distrito Federal (4,2%). Na outra ponta, Pará (0,8%) e Roraima (0,3%) tiveram os menores índices.

O levantamento também aponta que o tempo médio de duração dos casamentos em Mato Grosso do Sul tem diminuído de forma expressiva. Em 2010, a média era de 17,1 anos. Já em 2023, caiu para 11,8 anos — o 4ª menor tempo de união entre todos os estados brasileiros. A média nacional em 2023 foi de 13,8 anos.

Entre os divórcios registrados em 2023, a maioria envolveu famílias com filhos menores de idade, o que representou 56,7% dos casos. Outro destaque foi o aumento expressivo da guarda compartilhada entre os pais.

A guarda compartilhada está prevista na Lei do Divórcio (Lei nº 6.515 de 1977), que estabelece esse modelo para filhos menores. A Lei nº 13.058 também determina que, quando ambos os pais estiverem aptos e de acordo, o tempo de convivência com os filhos deve ser equilibrado entre pai e mãe, salvo se um deles for considerado inapto ou não desejar a guarda.

Em 2023, 36,7% dos divórcios resultaram em guarda compartilhada — índice bem superior ao registrado em 2014, que era de 9,51%.

Mesmo assim, a guarda unilateral, em que os filhos ficam sob responsabilidade de apenas um dos pais, continua sendo a mais comum. Segundo o IBGE, as mulheres concentram 56% das decisões judiciais de guarda, enquanto os homens ficam com 3,8%. Outras formas, como guarda por avós ou terceiros, somam 0,80%.

Além dos dados do IBGE, o Journal of Social and Personal Relationships aponta que os principais fatores para o rompimento de casamentos no Brasil são problemas financeiros, falta de relacionamento íntimo, falhas na comunicação, infidelidade e vícios.


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