Economia brasileira cresce 1,6% no 1º trimestre, mostra prévia da FGV

Estudo do Ibre/FGV destaca desempenho da agropecuária e dos serviços como principais motores da expansão econômica

19/05/2025 00h00 - Atualizado há 1 mês

Por Redação

A economia brasileira registrou crescimento de 1,6% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com os três meses finais de 2024. Frente ao mesmo período do ano anterior, a alta observada é de 3,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão atinge 3,5%.

Os dados fazem parte do Monitor do PIB, levantamento mensal realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta segunda-feira (19). O estudo antecipa tendências do Produto Interno Bruto (PIB) e serve como uma prévia da divulgação oficial feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de 1,6% é dessazonalizado, ou seja, considera ajustes que eliminam os efeitos típicos do calendário, permitindo comparações mais precisas entre períodos distintos.

A agropecuária foi o grande destaque do trimestre, com crescimento expressivo de 12,2%, conforme destaca a economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

Ela também chama atenção para o avanço de 1,3% no setor de serviços — o mais relevante na composição do PIB — como fator importante para o bom desempenho da economia.

“Com isso, o resultado do primeiro trimestre reverte a tendência declinante da economia, que se observava desde o terceiro semestre de 2024”, avalia Trece.

No último trimestre do ano passado, o crescimento havia sido praticamente estável, com variação positiva de apenas 0,1%.

Segundo a economista, as exportações cresceram 2,8% entre janeiro e março de 2025, impulsionadas principalmente por produtos agropecuários. Já o desempenho industrial foi considerado fraco.

“Embora a maior parte das atividades industriais tenha registrado crescimento, a retração na indústria de transformação [segmento que transforma matéria prima em um produto final ou intermediário, que vai ser novamente modificado por outra indústria], atividade de maior peso na indústria, explica esse desempenho”, explica.

Indicadores de consumo e investimento

O levantamento do Ibre/FGV aponta crescimento de 2,7% no consumo das famílias no primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2024. Apesar do avanço, o ritmo desacelera em relação ao quarto trimestre do ano passado, quando a taxa era de 3,7%.

Outro indicador com tendência de queda é a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos. No primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 6,9% ante o mesmo período do ano anterior, abaixo da taxa de 10,8% registrada no terceiro trimestre de 2024.

A estimativa da FGV é que o PIB brasileiro tenha alcançado R$ 3,393 trilhões entre janeiro e março de 2025.

Além do Monitor do PIB, outro termômetro da atividade econômica divulgado nesta segunda-feira foi o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que apontou crescimento de 1,3% entre o quarto trimestre de 2024 e o primeiro de 2025, e avanço de 4,2% no acumulado de 12 meses.

O dado oficial do PIB do primeiro trimestre será divulgado pelo IBGE em 30 de maio.


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