Unidade experimental da Rota Bioceânica é implantada em Porto Murtinho

Projeto reúne Governo do Estado, UFMS e Fundect para desenvolver práticas agrícolas sustentáveis e integração com o Paraguai

19/05/2025 00h00 - Atualizado há 1 mês

Por Redação

O Governo de Mato Grosso do Sul implantou uma Unidade Experimental da Rota Bioceânica em Porto Murtinho. A iniciativa, desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), conta com a parceria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e tem como objetivo fomentar a pesquisa aplicada, incentivar práticas agrícolas sustentáveis e promover intercâmbio tecnológico com instituições do Paraguai.

A unidade está localizada na Fazenda Yndiana, a cerca de 40 quilômetros do município, em uma área cedida por um produtor rural. O espaço se consolida como centro de inovação agrícola e de integração entre Brasil e Paraguai. A apresentação oficial ocorreu no sábado (16), durante o Dia de Campo realizado na própria fazenda, reunindo autoridades, pesquisadores, produtores e representantes de instituições parceiras.

A proposta faz parte das ações ligadas à Rota Bioceânica, corredor de desenvolvimento que conectará o Brasil ao Oceano Pacífico por meio de Paraguai, Argentina e Chile. Durante o evento, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico-Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, destacou os avanços do projeto. “É uma grata satisfação ver o primeiro ano de resultados deste projeto. A unidade experimental é um marco na estratégia estadual para o desenvolvimento sustentável ao longo da Rota Bioceânica”, afirmou.

Estiveram presentes à solenidade a reitora da UFMS, Camila Celeste Brandão Ferreira Itavo, os professores Fabrício Frazilio e Marcelo Turine, o deputado estadual Paulo Corrêa, o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, além de vereadores, secretários municipais e representantes do setor produtivo e da comunidade local.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, explicou que a escolha de Porto Murtinho se deu por sua localização estratégica no eixo central da Rota Bioceânica. Ele apontou que o foco do projeto está no fortalecimento do agronegócio e da agricultura familiar nas regiões fora do bioma Pantanal, como Jardim, Alto Caracol e Porto Murtinho.

“Nós queremos testar novas culturas, como o algodão, que já se desenvolve bem no Chaco Paraguaio, além de avaliar novas variedades de pastagens para intensificar a pecuária da região. É a ciência e a tecnologia trabalhando para identificar quais modelos agrícolas e pecuários são mais adequados para promover o desenvolvimento local”, explicou Verruck.

Segundo ele, a iniciativa também tem um papel estratégico para além da logística. “Essa é a primeira grande iniciativa financiada pelo Estado para identificar as vocações agropecuárias locais, e os primeiros resultados já começam a aparecer”, destacou.

Sob a coordenação do professor Ricardo Gava, a unidade experimental tem se estruturado como polo de inovação produtiva. Durante o Dia de Campo, uma linha do tempo foi apresentada ao público, reunindo os principais marcos do projeto desde 2022, incluindo reuniões e visitas técnicas no Brasil e no Paraguai.

As ações vêm promovendo cooperação internacional e desenvolvendo soluções técnicas voltadas à realidade da fronteira, com foco em sustentabilidade e integração produtiva entre os países.


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