Alta na produção agrícola impulsiona previsão de crescimento do PIB para 2,4% em 2025

Revisão considera alta da produção agrícola e resultado melhor que o esperado no 1º trimestre

20/05/2025 00h00 - Atualizado há 1 mês

Por Redação

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou de 2,3% para 2,4% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025. A revisão considera o aumento na produção de soja, arroz e milho, segundo o Boletim Macrofiscal divulgado nesta segunda-feira (19).

A estimativa para a inflação também foi ajustada. O boletim prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve alcançar 5% neste ano, ante a previsão anterior de 4,9%. Com esse índice, a inflação se mantém acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual — ou seja, entre 1,5% e 4,5%.

A revisão para o PIB foi feita com base em dados mais recentes sobre a agropecuária e na expectativa de crescimento de 1,6% da economia no primeiro trimestre, superior à estimativa anterior de 1,5%. O dado oficial do trimestre, no entanto, será divulgado apenas em junho.

Apesar da melhora na projeção anual, a SPE sinaliza possível desaceleração da atividade econômica no segundo semestre. Para 2026, a estimativa de crescimento segue em 2,5%.

Sobre o comportamento da inflação, a SPE informou que o aumento na projeção foi influenciado por “pequenas surpresas nas variações do índice em março” e por “alterações marginais nas expectativas nos próximos meses”. Conforme o boletim, a desaceleração da inflação deverá ser percebida com mais clareza apenas a partir de setembro.

Agropecuária lidera revisão positiva

Com o bom desempenho do setor agropecuário, a SPE também revisou para cima a projeção de crescimento dessa área no PIB, que passou de 6% para 6,3%. “A revisão reflete a alta nas estimativas para a safra de soja, milho e arroz”, aponta o boletim.

A expectativa para o setor industrial foi mantida em 2,2%. Segundo a secretaria, a indústria segue com desempenho positivo mesmo diante dos juros elevados. O setor de serviços também teve a previsão ajustada: passou de 1,9% para 2%.


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