Por Redação
Com objetivo de agilizar o acesso a leitos hospitalares de urgência e emergência e aprimorar a gestão dos recursos públicos, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) anunciou a criação da Central Única de Regulação para as macrorregiões de Campo Grande e Três Lagoas. A medida foi pactuada na última sexta-feira (23) durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), com participação das secretarias de saúde de todos os municípios do Estado.
Coordenada pela SES, a nova central unificará duas estruturas regulatórias atualmente independentes, promovendo uma atuação integrada entre as unidades públicas, contratadas ou conveniadas com o SUS. A operacionalização será feita por meio do Complexo Regulador Estadual (Core), com exigência de atualização em tempo real do Mapa de Leitos pelas unidades envolvidas.
Segundo a superintendente de Gestão Estratégica da SES, Maria Angélica Benetasso, a unificação representa um avanço significativo no processo de regionalização da saúde. “A pactuação da Central Única é um marco importante na organização da nossa rede hospitalar. Com ela, vamos garantir que o acesso aos leitos de urgência e emergência aconteça com mais equidade e agilidade, respeitando a integralidade do cuidado ao usuário do SUS”, afirmou.
A nova estrutura tem como objetivo principal promover uma regulação hospitalar mais eficiente, com melhor comunicação entre os setores, otimização de recursos e maior transparência nas decisões. Além disso, busca qualificar a assistência ao paciente e eliminar a duplicidade de processos regulatórios, infraestrutura e tecnologia.
Entre as metas específicas estão: reduzir o tempo de resposta para atendimento a pacientes graves, tornar os processos mais auditáveis, reestruturar a central fisicamente e redefinir os fluxos operacionais e a matriz de competências da equipe.
Etapas de implantação
A implementação será realizada em quatro etapas:
• Diagnóstico situacional: revisão dos fluxos, contratos e indicadores das centrais atuais;
• Planejamento da integração: unificação das estruturas físicas, reorganização das equipes e padronização dos fluxos regulatórios, além da integração dos sistemas de TI;
• Execução: adequação do espaço físico, capacitação das equipes e implantação gradativa dos novos fluxos;
• Monitoramento contínuo: análise de indicadores e reuniões de avaliação periódicas.
Resultados esperados
Com a Central Única, o Estado espera reduzir significativamente o tempo de espera para pacientes em situação grave, evitar retrabalho causado por processos duplicados e ampliar a rastreabilidade e a transparência nas decisões médicas.
A estrutura contará com equipe capacitada e ambiente físico adequado para o novo modelo integrado de regulação.
O secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, reforçou o impacto positivo da medida: “Vamos sair de um modelo fragmentado para uma regulação unificada, eficiente e com foco no paciente. Isso significa resposta mais rápida para quem precisa de um leito, melhor uso dos recursos e uma gestão mais moderna e integrada”, finalizou.