Por Redação
As artistas sul-mato-grossenses Ana Ruas e Buga Peralta foram selecionadas para integrar a 2ª Bienal das Amazônias, que acontece entre 29 de agosto e 30 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. A lista oficial dos 74 artistas e coletivos participantes foi divulgada na última quinta-feira (29), e a presença das representantes de Mato Grosso do Sul foi comemorada por instituições culturais e turísticas do Estado.
Buga Peralta levará à Bienal uma instalação feita de argila que retrata uma comitiva de gado, símbolo do modo de vida pantaneiro. A obra, segundo ela, expressa tradições enraizadas no cotidiano da região. “Vou apresentar uma instalação feita de argila que representa uma comitiva de gado e é um trabalho que conta um modo de vida, uma prática que está enraizada no cotidiano dos pantaneiros. Desperta memórias afetivas, tem identidade, tradição, cultura. Emociona as pessoas, né? E mostrar essa obra na Bienal tem muita importância para mim, porque é poder celebrar nossas raízes, valorizar nossos costumes, as nossas tradições”, afirma a artista.
A participação de Buga e Ana Ruas na Bienal também foi destacada pelo diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, que ressaltou o papel da cultura na promoção turística do Estado. “Estamos muito felizes com a seleção da Buga, parceira de longa data do turismo de MS e também a Ana Ruas, e nesse ano em que acontece a COP 30 lá no Pará. A Buga é uma parceira do turismo, está sempre conosco nos eventos com sua arte fantástica, como foi no road show ‘Mato Grosso do Sul: Especial por Natureza’, que fizemos em São Paulo, no ano passado. Essa seleção delas entre 74 artistas de vários países reforça nossa identidade cultural e dá visibilidade ao destino Mato Grosso do Sul”, destacou.
A curadoria da Bienal foi realizada pela curadora-chefe Manuela Moscoso, em colaboração com Sara Garzón, curadora adjunta desta edição, e Jean da Silva, cocurador do programa público. Os trabalhos selecionados dialogam com o conceito “Verde-distância”, que tem como inspiração o romance Verde Vagomundo, do escritor paraense Benedicto Monteiro.