MS une líderes nacionais para discutir potencial energético, alimentar e ambiental no Fórum COP 30

Fórum destacou ações de MS na produção de bioenergia, conservação ambiental e pecuária de baixo carbono

02/06/2025 00h00 - Atualizado há 1 mês

Por Redação

O Fórum LIDE COP 30, realizado na última sexta-feira (30) em Bonito, Mato Grosso do Sul, reuniu líderes nacionais para debater soluções sustentáveis e apresentar o Estado como modelo de desenvolvimento que alia produção, inovação tecnológica e preservação ambiental. Em pauta, o papel estratégico do Brasil diante da emergência climática, com foco especial na atuação do MS como referência em bioenergia e proteção ambiental.

Durante o encerramento do evento, o governador Eduardo Riedel enfatizou a contribuição da agroindústria e o potencial do Brasil para assumir protagonismo nas discussões climáticas globais.

“O papel da agroindústria, que transforma com muita propriedade e competência, os recursos naturais em energia, alimentos. Isso feito pela nossa pesquisa, ao longo dos últimos 40 anos, sem dúvida, e a gente tem muito a mostrar para a COP 30. Eu acho que a palavra central é a construção de narrativa, com modelos, exemplos absolutamente concretos em relação que o Brasil desenvolveu ao longo do tempo. É uma grande oportunidade de virar a chave para poder se colocar no centro da discussão, como protagonista que nós somos enquanto país, de assumir esse papel diante de um mundo”, disse o governador.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou que Mato Grosso do Sul possui 800 mil hectares de cana-de-açúcar plantados em 42 municípios, com espaço para expansão sem a necessidade de desmatamento. No Estado, 22 usinas estão em operação – 13 delas exportam energia excedente para o sistema nacional.

“Nós tomamos uma decisão no Estado de Mato Grosso Sul, uma decisão estratégica que essas para que a gente realmente trabalhasse com os movimentos sustentáveis. Isso está funcionando. E nós estamos em Bonito, que é o primeiro destino ecológico do mundo em carbono neutro, o município fez o trabalho de certificação do território”, afirmou Verruck.

O secretário também destacou os avanços da pecuária de baixo carbono no Estado, a integração entre lavoura, pecuária e floresta e os instrumentos legais que estimulam a preservação ambiental.

“A pecuária no mundo inteiro é avaliada sob o ponto de vista de geração de metano, é instituída como aquela que promove o desmatamento. Temos uma boa experiência no Mato Grosso do Sul na pecuária de baixo carbono, através da integração, lavoura, pecuária e floresta. Conseguimos certificar a nossa pecuária como carne carbono neutro, nós já temos metodologias para isso. E conseguimos também intensificar a pecuária. A pecuária do Mato Grosso do Sul fez uma revolução silenciosa. Nós retiramos da pecuária 5 milhões de hectares, mantivemos o rebanho e aumentamos o abate. E o segundo ponto é a Lei do Pantanal através do pagamento de serviços ambientais”, declarou.

A proposta de pagamento por serviços ambientais também foi defendida pelo ex-governador de São Paulo e fundador do LIDE, João Doria.

“O Brasil acabou de parar agora os demais estados amazônicos com condição de renda e de se manterem na selva amazônica, não destruindo ou não permitindo a destruição do meio ambiente, e sim defendendo, porque recebem pagamento pelo serviço ambiental. Eu entendo isso como de importância capital, porque nações desenvolvidas com potencial econômico devem sim pagar os serviços ambientais que o Brasil oferece ou pode ampliar a sua oferta. Eu entendo que esse é um balanceamento justo, não basta apenas dizer que o Brasil tem uma responsabilidade ambiental, há que se pagar pelo serviço ambiental, há que se pagar pela preservação da floresta, dos biomas tropicais do Brasil, com a dimensão continental que tem o país, por aqueles países que podem e já usufruem do benefício dessa preservação. Entendo que essa, entre outras boas ideias, é capital e uma iniciativa que foi bem colocada no Fórum LIDE COP 30, em Bonito”, disse.

O cantor e compositor Almir Sater também foi homenageado durante o evento. Ele recebeu o título de embaixador do Pantanal, em reconhecimento à sua atuação como produtor rural e defensor do bioma.

“O Almir e a trajetória dele e da Paula significam muito para a natureza humana do Pantanal. Quando a gente fala do Pantanal vai muito além do ambiente, tem o jeito de ser, uma maneira de pensar comprometido ao meio de produtor rural, preservação, produção, a arte de ser pantaneiro. E o Almir está recarregando esse título agora, porque traz um conjunto de pessoas que formam a cultura sul-mato-grossense e que carregam tudo isso”, finalizou o governador Riedel.


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