Por Redação
Mato Grosso do Sul lidera os casos de coqueluche registrados no Brasil em 2025, com 318 confirmações da doença e um óbito. Os dados fazem parte de um boletim divulgado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que monitora o avanço da doença nas Américas.
Segundo o relatório, foram contabilizados 1.634 casos confirmados de coqueluche no Brasil entre janeiro e abril deste ano, com cinco mortes. Esse é o segundo maior número de casos notificados no país desde 2019, que também teve dois óbitos, ficando atrás apenas de 2024, que somou cinco mortes no ano.
Após Mato Grosso do Sul, os estados com mais registros são São Paulo, com 274 casos e um óbito, e o Rio Grande do Sul, com 234 casos e um óbito.
A faixa etária mais atingida pela doença no Brasil são crianças menores de um ano, com 452 casos, o que representa 27,7% do total. Em seguida, o grupo de 1 a 4 anos contabiliza 416 casos, equivalente a 25,5%.
A OPAS atribui o aumento de casos ao baixo índice de vacinação durante a pandemia de Covid-19, especialmente com as vacinas DTP1 e DTP3. Em 2021, a cobertura vacinal nas Américas atingiu o menor nível em duas décadas: 87% para a DTP1 e 81% para a DTP3.
Em fevereiro, Mato Grosso do Sul voltou a registrar uma morte por coqueluche após 10 anos. A vítima foi uma criança de 1 mês e 29 dias, que faleceu no dia 19 de fevereiro em Campo Grande. Segundo comunicado da Coordenadoria de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-CG), publicado em 28 de junho, a criança não apresentava comorbidades, nem histórico de contato com infectados ou viagens.
O caso foi notificado como suspeito no dia 17 de fevereiro e a confirmação laboratorial saiu em 21 de fevereiro.