Por Redação
Em um cenário de queda generalizada entre instituições de ensino superior do país, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) contrariou a tendência e avançou no ranking global de universidades de 2025, elaborado pelo Center for World University Rankings (CWUR). A instituição passou da 1.396ª posição em 2024 para a 1.367ª neste ano, uma melhora de 29 colocações.
Das 53 universidades brasileiras avaliadas no levantamento — todas com cursos de graduação —, 46 perderam posições em relação ao ano anterior, o que representa 87% do total. De acordo com o CWUR, o principal motivo foi a redução da produção científica frente ao aumento da competitividade internacional, principalmente por parte de instituições com maior volume de financiamento.
A UFMS figura entre as sete universidades brasileiras que conseguiram melhorar seu desempenho, ao lado de nomes como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Brasília (UnB). Confira as instituições brasileiras que subiram no ranking:
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): 401º → 331º
Universidade de Campinas (Unicamp): 370º → 369º
Universidade de Brasília (UnB): 836º → 833º
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS): 1.396º → 1.367º
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR): 1.465º → 1.455º
Universidade Federal do Rio Grande (FURG): 1.677º → 1.644º
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM): 1.868º → 1.836º
O CWUR avalia as instituições com base em quatro critérios principais: qualidade da educação, empregabilidade dos egressos, qualidade do corpo docente e desempenho em pesquisa. Nesta edição, 21.462 universidades de 94 países foram analisadas, mas apenas as 2.000 melhores foram incluídas no ranking final.
Mesmo com o desempenho abaixo do esperado da maioria, o Brasil manteve boa representatividade na América Latina. A Universidade de São Paulo (USP) lidera entre as brasileiras, ocupando a 118ª posição global — uma leve queda em relação ao ano anterior, quando ficou em 117º. Já a UFRJ teve o melhor desempenho entre as instituições nacionais, subindo 70 posições.
Para o presidente do CWUR, Nadim Mahassen, apesar da presença brasileira entre as principais universidades do mundo, há motivos de preocupação. “Sem um financiamento mais forte e um planejamento estratégico, o Brasil corre o risco de ficar ainda mais para trás no cenário acadêmico global”, alertou. Segundo ele, o “deslizamento das instituições acadêmicas da nação” está relacionado ao enfraquecimento da pesquisa e ao baixo investimento público.
