Por Redação
A Prefeitura de Campo Grande retomou nesta sexta-feira (6) as obras de contenção de erosão no córrego Anhanduí, que atualmente interditam um trecho da Avenida Ernesto Geisel, entre as ruas Bonsucesso e Ceres, no sentido Avenida Manoel da Costa Lima. Com previsão de conclusão para fevereiro de 2026, os trabalhos integram a segunda etapa do projeto iniciado em setembro do ano passado.
A empresa responsável pela execução e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) estão no local sinalizando a via e indicando rotas alternativas. Motoristas que seguem em direção ao centro devem desviar pela Rua dos Pirineus, sob orientação dos agentes de trânsito. Segundo a prefeitura, cerca de 37% do cronograma da obra já foi executado, com investimentos da ordem de R$ 20,9 milhões.
O trecho em obras se estende da Rua da Abolição até a Rua Bonsucesso. A primeira fase contemplou o espaço entre as ruas Santa Adélia e Abolição, nas proximidades do Shopping Norte Sul.
Os reparos estão previstos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e têm como objetivo conter os desmoronamentos que atingem a pista da Avenida Ernesto Geisel, uma das principais vias da cidade. Após anos paralisada, a obra foi retomada por meio de um financiamento de R$ 150 milhões concedido à Prefeitura de Campo Grande.
O projeto prevê a construção de paredões de gabião entre a Rua do Aquário e a Avenida Manoel da Costa Lima. Estão incluídos ainda serviços de controle do canal do córrego, com escadarias, dissipadores e intervenções para contenção da água da chuva, evitando transbordamentos e enchentes nos bairros próximos. Além das obras de drenagem e segurança, haverá recapeamento da avenida e a criação de espaços de convivência com quadras esportivas, pista de caminhada e ciclovia.
Essas obras compõem a terceira etapa das intervenções de prevenção a desastres no Fundo de Vale do Rio Anhanduizinho.
Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) afirmou que a interdição é necessária para garantir a segurança de pedestres, motoristas e trabalhadores. O trecho em obras tem circulação intensa de caminhões e máquinas pesadas para o transporte de materiais como terra e pedras.
“A administração municipal compreende os transtornos momentâneos no trânsito, mas destaca que esse é um passo essencial para a realização de uma intervenção que trará benefícios duradouros para toda a região, como a contenção da erosão, prevenção de alagamentos e valorização urbana”, destacou a prefeitura.
A contenção das margens do córrego é feita com o uso do sistema gabião. O processo envolve a preparação do colchão com pedra britada, seguido pela instalação de gaiolas metálicas. As pedras utilizadas, que precisam estar limpas, secas e livres de impurezas, são encaixadas manualmente, uma a uma, dentro das estruturas.