Alta de casos de coqueluche acende alerta em MS; SES reforça importância da vacinação

Mato Grosso do Sul já registra 40 casos confirmados em 2025 e uma morte

11/06/2025 00h00 - Atualizado há 3 semanas

Por Redação

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) emitiu um alerta à população para reforçar a importância da vacinação contra a coqueluche, especialmente entre gestantes. A medida acompanha a crescente preocupação diante do aumento de casos da doença no Brasil e em países das Américas. O imunizante está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo dados da SES, até a Semana Epidemiológica 22 de 2025, encerrada em 31 de maio, o estado contabilizou 40 casos confirmados da doença e um óbito: um bebê de apenas 1 mês, cuja mãe não recebeu a vacina dTpa durante a gestação. No ano anterior, em 2024, foram registrados 24 casos, sem mortes. Atualmente, outros sete casos seguem em investigação.

No cenário nacional, o Brasil já soma 7.486 casos e 29 mortes em 2024. Destes óbitos, 95% foram em menores de 1 ano de idade e 82% das mães não haviam sido vacinadas.

“A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa e potencialmente grave, especialmente para bebês. A vacinação segue o calendário do SUS: crianças devem receber a vacina Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforços da DTP aos 15 meses e 4 anos. Gestantes devem ser imunizadas com a dTpa a partir da 20ª semana de cada gestação”, explica a Gerência de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES, Jakeline Miranda Fonseca.

A gerente destaca que Mato Grosso do Sul apresenta altas coberturas vacinais: 99,82% para a Pentavalente, 99,85% para a DTP e 92,40% para a dTpa adulto. Além disso, a secretaria realiza ações contínuas como capacitações para coordenadores municipais de vigilância epidemiológica e imunização, estratégias para ampliar a cobertura vacinal e qualificação da detecção precoce de casos suspeitos.

O alerta emitido segue as recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que identificou aumento expressivo de casos de coqueluche na América Latina em 2025, com destaque para Colômbia, Equador, México e Paraguai. A entidade reforça a importância da vigilância ativa, do isolamento dos casos e do início rápido do tratamento para conter a transmissão, sobretudo entre crianças pequenas e não vacinadas.

A SES também orienta a realização de quimioprofilaxia dos contatos e o monitoramento por até 42 dias — período de incubação da doença. A pasta reforça ainda a necessidade de ampla divulgação de informações à população e aos profissionais de saúde.


Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp