MS alinha diretrizes em reunião da Aliança Láctea Sul-Brasileira para alavancar pecuária leiteira

Reunião em Campo Grande marca a primeira participação do estado no grupo que reúne os principais produtores da região Sul do país

11/06/2025 00h00 - Atualizado há 3 semanas

Por Redação

Mato Grosso do Sul participou nesta terça-feira (10) da primeira reunião como membro da Aliança Láctea Sul-Brasileira (ALSB), grupo que articula ações estratégicas para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite no Sul do Brasil. O encontro foi realizado na sede do Sistema Famasul, em Campo Grande, e contou com a presença de representantes da Semadesc e da Iagro.

A reunião marcou o início da participação oficial de Mato Grosso do Sul na Aliança, que já reúne Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul — estados responsáveis por 40% da produção nacional de leite. A adesão foi feita por iniciativa do governador Eduardo Riedel, com o objetivo de fomentar o setor leiteiro local e beneficiar especialmente os pequenos produtores.

Durante o encontro, estiveram presentes o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico da Semadesc, Rogério Beretta, o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, além do presidente da Aliança Láctea, Rodrigo Rizzo, do diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Valente, e dos representantes da área de leite da Semadesc, Orlando Serrou Camy Filho e João Roberto Felipe.

A base do diálogo envolveu a busca por crescimento sustentável da atividade leiteira em MS. O Plano Estadual de Desenvolvimento da Bovinocultura de Leite (PROLEITE MS), lançado em maio deste ano, foi elaborado com base no planejamento estratégico da Aliança Láctea e prevê ações em quatro frentes: Melhoramento Genético, Apoio à Indústria Láctea, Assistência Técnica e o ExtraLeite. O programa já soma R$ 9,3 milhões em investimentos diretos por meio de parcerias com o Senar/MS e o Núcleo dos Criadores de Girolando.

Uma das iniciativas de destaque é o Subprograma ExtraLeite, vinculado ao PROAPE, que vai direcionar R$ 62,1 milhões em incentivos nos dois primeiros anos. O foco é garantir a conformidade sanitária, ambiental e trabalhista das propriedades. Outro avanço citado foi a criação do PACPOA-MS, que permite a comercialização intermunicipal de produtos de origem animal inspecionados pelos SIMs municipais registrados no sistema estadual, fomentando a economia local.

Segundo Beretta, a pecuária leiteira de MS ainda enfrenta desafios como baixa produtividade, deficiência de gestão e pouca assistência técnica. “Por isso entendemos a relevância da participação deste grupo seleto. Já começamos a participar de discussões e temos expectativa bastante positiva tanto para o nosso momento atual quanto em relação a nossa entrada na Aliança Láctea. Esperamos receber conhecimentos técnicos, não apenas na sanidade, mas nos demais setores de discussão do setor”, concluiu.

Durante a reunião, foram debatidos temas como comércio exterior, abertura de novos mercados e a unificação de protocolos sanitários para o controle de brucelose e tuberculose na bovinocultura de leite. “Também debatemos uma harmonização dos protocolos sanitários para controle da brucelose e tuberculose na bovinocultura de leite, já com o Mato Grosso do Sul fazendo parte dessa harmonização”, enfatizou Beretta.

Ainda no encontro, foi apresentada uma atualização do relatório da Aliança Láctea, composto por 10 itens que medem o progresso das ações em andamento. A partir de agora, Mato Grosso do Sul terá seus dados incorporados ao relatório, e a Semadesc acompanhará a implementação das medidas no estado. “Isso é de grande importância porque temos estados de grande potencial de produção, de alto nível tecnológico que poderemos usar como espelho para alavancar o estado do Mato Grosso do Sul na produção de leite”, frisou.

A próxima reunião da Aliança Láctea está marcada para acontecer na Expointer, no Rio Grande do Sul. “Nossa meta é poder participar e já levar essa realidade do MS dentro do planejamento estratégico da Aliança Láctea como um todo”, concluiu Beretta.


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