Por Redação
Mato Grosso do Sul registrou o maior aumento percentual de vítimas de suicídio entre os estados brasileiros no intervalo de um ano, conforme o Mapa da Segurança 2025, divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo os dados, o número de suicídios no estado saltou de 171 casos em 2023 para 287 em 2024, o que representa um crescimento de 67,84%. Em valores absolutos, foram 116 ocorrências a mais.
A análise por sexo reforça um padrão que se repete ao longo dos anos: a predominância de homens entre as vítimas. Dos 287 registros em 2024, 212 eram pessoas do sexo masculino, o que corresponde a 73% do total. Já os casos envolvendo mulheres somaram 63 notificações.
Em 2023, dos 171 registros, 133 eram homens e 34 mulheres, mantendo o perfil observado também nos dados nacionais. De acordo com o Ministério, “esse padrão de prevalência do sexo masculino tem se mantido estável ao longo dos anos”.
No cenário nacional, 16.218 suicídios foram registrados em 2024, uma queda de 1,44% em relação a 2023, quando o número chegou a 16.455 casos. A média nacional equivale a cerca de 44 suicídios por dia.
O relatório também chama atenção para os registros de suicídios entre agentes do Estado, categoria na qual Mato Grosso do Sul aparece novamente com destaque negativo. O número saltou de 1 para 4 casos entre 2023 e 2024, um aumento de 300%, ficando atrás apenas do Distrito Federal, que passou de 1 para 7 casos, alta de 600%.
Segundo o Ministério da Justiça, a elevação no número de suicídios nessa categoria acende um alerta quanto à saúde mental dos profissionais da segurança pública.
Entre as regiões brasileiras, o Sudeste concentrou o maior número de casos de suicídio entre agentes do Estado, com 55 registros em 2024, aumento de 5,77% frente aos 52 de 2023. Em seguida, vem o Nordeste, com 40 ocorrências, crescimento de 17,65%.
A Região Sul contabilizou 27 casos, frente aos 23 do ano anterior, variação de 17,39%. O Centro-Oeste registrou o maior crescimento proporcional, com 19 casos em 2024, frente a 11 em 2023, uma alta de 72,73%.
Já a Região Norte foi a única a apresentar queda, com 7 ocorrências, redução de 53,33% em relação aos 15 registros de 2023.