Por Redação
A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais caiu para 5,3% em 2024, o menor patamar desde o início da série histórica em 2016. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda de 0,1 ponto percentual em relação a 2023 representa uma redução de 197 mil pessoas no número de analfabetos, que somam agora 9,1 milhões em todo o país.
A maior parte desse contingente está concentrada no Nordeste, onde vivem 5,1 milhões de pessoas analfabetas — o equivalente a 55,6% do total nacional. Em seguida, aparece o Sudeste, com 22,5% (2,1 milhões).
As desigualdades raciais e etárias ainda são evidentes nos dados. Entre a população branca, a taxa de analfabetismo é de 3,1%, enquanto entre pretos e pardos chega a 6,9%. O problema atinge principalmente os idosos: 14,9% das pessoas com 60 anos ou mais não sabem ler nem escrever. Já na faixa de 25 anos ou mais, o índice é de 6,3%.
Ainda entre os idosos, a diferença entre grupos raciais é expressiva. Enquanto 8,1% dos brancos com 60 anos ou mais são analfabetos, entre pretos ou pardos o índice sobe para 21,8%.
A desigualdade também se reflete entre os gêneros. O analfabetismo atinge 5% das mulheres com 15 anos ou mais, abaixo dos 5,6% registrados entre os homens. Em média, as mulheres brasileiras têm 10,3 anos de estudo, enquanto os homens têm 9,9 anos. Entre os brancos, a média sobe para 11 anos de escolaridade, mas entre pretos ou pardos é de 9,4 anos.