Por redação
Mato Grosso do Sul está se consolidando como mais do que um simples "celeiro", avançando para se tornar um verdadeiro "supermercado" global, conforme indicam dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A balança comercial do estado registrou um recorde, atingindo US$ 7,56 bilhões (R$ 36,9 bilhões) em 2023, com uma notável contribuição da indústria de transformação.
Destaques como celulose, açúcar, farelos de soja, gorduras e óleos vegetais, representaram cerca de 50% de todas as exportações do estado em 2023. A celulose liderou a pauta de exportações, negociando US$ 1,48 bilhão, seguida por açúcar, farelo de soja e gorduras vegetais.
Jaime Verruck, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), enfatizou a transição de Mato Grosso do Sul de produtor de commodities para industrializador de matérias-primas. Ele ressaltou a necessidade de industrialização para levar os produtos do estado às prateleiras globais.
A China continua sendo o principal parceiro comercial do estado, contribuindo significativamente para o crescimento das exportações. O segundo maior destino é a Argentina, superando os Estados Unidos no comércio exterior.
O estado apresenta um notável desempenho exportador, classificando-se como o segundo no ranking de maior valor exportado por habitante em 2023, perdendo apenas para Mato Grosso. A soja em grão liderou as exportações, representando 37% da pauta, seguida pelo milho em grão e carne bovina.
Com um saldo recorde na balança comercial e um aumento de 28,1% nas exportações em comparação com 2022, Mato Grosso do Sul está demonstrando sua crescente influência como protagonista no comércio internacional.