Estudo revela que exposição a telas pode prejudicar processamento sensorial de crianças

Pesquisa publicada na revista médica JAMA cada hora extra de exposição à tela pode aumentar em 20% a probabilidade de diferenças sensoriais

19/01/2024 00h00 - Atualizado em 19/01/2024 às 21h09

Por redação

A superexposição de crianças menores de dois anos a telas de aparelhos eletrônicos pode impactar o processamento sensorial delas. É o que indica um estudo publicado na revista médica estadunidense Journal of the American Medical Association (JAMA) Pediatrics. A pesquisa coloca como "processamento sensorial atípico" os desafios no processamento de informações sensoriais do dia-a-dia.

Segundo a pesquisa, as crianças que viram televisão ou DVD aos 12 meses de idade tinham duas vezes mais chances de experimentar processamento sensorial atípico aos 36 meses, em comparação com outras crianças dessa idade. Após os 18 meses, cada hora extra de exposição à tela por dia foi associada a um aumento de cerca de 20% na probabilidade de diferenças sensoriais.

Os pesquisadores analisaram os resultados de pesquisas realizadas com 1,5 mil pais e cuidadores sobre as respostas sensoriais de seus filhos, como, por exemplo, a maneira que reagem à luz, ruído e texturas. O estudo, que coletou dados há 10 anos, antes do fácil acesso a aparelhos celulares, deu enfoque ao tempo em frente à televisão ou DVDs.

A Academia Americana de Pediatria desaconselha o uso de telas para crianças menores de dois anos. Para chegar a este resultado, os pesquisadores analisaram respostas sensoriais como sensibilidade, preferência ou evitação de diferentes ruídos, luzes e texturas.

O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Drexel, segue pesquisas anteriores que mostram como o tempo de tela afeta a maneira como as crianças falam, ouvem, sentem e pensam. Uma pesquisa publicada no ano passado descobriu que o tempo de tela para crianças de 1 ano estava associado a atrasos no desenvolvimento na resolução de problemas e na comunicação já aos 2 e 4 anos.


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