Diretores de empresa de passagens aéreas que fez vítimas até em MS são alvos de operação

Diretores da 1,2,3 Milhas são alvo de Operação do Gaeco por suposta lavagem de dinheiro; 17 mandados de busca e apreensão são cumpridos

30/01/2024 00h00 - Atualizado em 02/02/2024 às 15h22

Por redação

Diretores da empresa de passagens aéreas 1,2,3 Milhas, envolvida em polêmica no ano passado após cancelamento em massa de compras, e Maxmilhas são alvos de operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), deflagrada na manhã desta quinta-feira (1º), por suposta lavagem de dinheiro e estelionato. Ao todo, são cumpridos 17 mandados de busca e apreensão.

O cancelamento de passagens aéreas em todo o país fez 41 vítimas em Mato Grosso do Sul, conforme informado pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS). No ano passado, após a polêmica, a empresa chegou a pedir Recuperação Judicial, que foi aceita e suspensa duas vezes pela Justiça. No país, foram mais de 700 mil clientes lesados.

Quanto à Operação, o MPMS informou que os mandados de busca e apreensão foram requeridos para apurar a prática de crimes de estelionato, por meio de associação criminosa, que causaram prejuízo milionário a milhares de pessoas em todo o país. "A investigação busca, também, verificar a eventual prática de lavagem de dinheiro, mediante a utilização de estratégias financeiras e corporativas com o objetivo de dissimulação e ocultação de valores e bens", diz nota.

A investigação é conduzida pela 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central) e do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet). Participaram da operação oito promotores de Justiça, cinco delegados de Polícia Civil, 53 investigadores, um policial militar e cinco servidores do Ministério Público.

Além da atuação criminal, o Ministério Público de Minas Gerais ajuizou ações civis públicas para a tutela coletiva dos consumidores lesados, sendo deferidos pedidos de bloqueio judicial de bens e valores das empresas e sócios que integram o grupo econômico.

A operação é resultado da atuação da Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC), estratégia de articulação interinstitucional inovadora do Ministério Público de Minas Gerais. Instituída em julho de 2022, com a inauguração do prédio Promotor de Justiça Francisco Lins do Rego, a UCC reúne a estrutura de diversos órgãos de apoio às Promotorias de Justiça voltados às investigações mais complexas, de caráter interdisciplinar, envolvendo corrupção, criminalidade econômica e organizações criminosas.


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