Por redação
Foi registrado ao um saldo saldo positivo de 1.483.598 empregos formais ao longo de 2023 no Brasil, conforme divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Dados fazem parte do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e revelam que foram realizadas 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos.
Entre as oportunidades criadas no ano, a maioria foi ocupada por homens, totalizando 840.740 novos postos, enquanto as mulheres contribuíram com 642.892 empregos. A faixa etária mais beneficiada foi a de 18 a 24 anos, apresentando um saldo positivo de 1.158.532 postos. O salário médio de admissão ficou estabelecido em R$ 2.037,94.
Quanto as áreas em que essas oportunidades foram criadas, o maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com a criação de 886.256 postos. No comércio, foram criados 276.528 postos; na construção 158.940; na indústria, 127.145; e na agropecuária, o saldo foi de 34.762 postos.
Nas 27 unidades federativas ocorreram saldos positivos, com destaque para São Paulo (390.719 postos, +3%), Rio de Janeiro (160.570 postos, +4,7%) e Minas Gerais (140.836 postos, +3,2%). Nas regiões, as maiores gerações ocorreram no Sudeste, (726.327), Nordeste (298.188) e Sul (197.659). O maior crescimento foi verificado no Nordeste, 5,2%, com geração de 106.375 postos no ano.
Os resultados de 2023 não atingiram as previsões do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho que projetava a geração de mais de dois milhões de empregos com carteira assinada no ano. Segundo ele, o resultado pode ter sido influenciado pela informalidade, especialmente na agricultura, além de fatores econômicos como os juros e o endividamento, que teve uma queda insuficiente para influenciar no mercado de contratação.
"Do jeito que nós herdamos a gestão do país, eu creio que foi um número razoável. Não vamos comemorar, mas foi um número razoável dentro do primeiro ano de governo", disse Marinho, acrescentando que a tendência para 2024 é haver um aumento na geração de empregos, especialmente pela retomada de projetos de infraestrutura.
Resultado em dezembro - Em dezembro, o Brasil registrou saldo negativo de 430.159 postos de trabalho com carteira assinada. No mês passado, foram 1.502.563 admissões e 1.932.722 demissões, segundo o Caged. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a queda ocorreu devido ao ajuste sazonal realizado no mês.
“Dezembro não é o melhor mês do Caged, pelo contrário, é um mês em que as empresas fazem a rescisão de contratos, especialmente os contratos temporários. E tem também os estados, especialmente [os contratos nas áreas de] educação e saúde, que acabam rescindindo contratos”, explicou o ministro Luiz Marinho.
No último mês de 2023, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos negativos: serviços (-181.913 postos); indústria (-111.006 postos); construção (-75.631 postos); agropecuária(-53.660 postos) e comércio (-7.949 postos).