Ministério da Saúde alerta sobre o uso de ivermectina no tratamento da dengue: "Não é eficaz"

Boato foi espalhado nas redes sociais sem comprovação

06/02/2024 00h00 - Atualizado em 06/02/2024 às 21h47

Por redação

O Ministério da Saúde alerta que a ivermectina não é eficaz no tratamento contra a dengue. Segundo a pasta, informação é trata-se de um boato por não ter comprovação. O medicamento foi relatado como possível solução em publicações nas redes sociais, inclusive em perfis de redes sociais de alguns profissionais de saúde.

Para o tratamento da dengue, especialmente para casos leves, a recomendação oficial inclui repouso durante a febre, hidratação adequada e o uso de paracetamol ou dipirona para alívio de dor e febre. O ácido acetilsalicílico não é indicado, e na maioria dos casos, a recuperação ocorre espontaneamente após cerca de dez dias.

“Para ficar claro: a ivermectina também não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue. O Ministério da Saúde não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da doença”, alertou o governo federal em nota. “Disseminação de fake news, principalmente quando se trata de um cenário epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso”, completou.

A ivermectina é um medicamento, um antiparasitário, chegou a ser defendido em meio à pandemia de covid-19 como parte de um tratamento precoce contra a doença, porém, sem eficácia comprovada. A pasta lembra que, à época, estudos demonstraram a ineficácia do remédio no combate ao coronavírus.

De acordo com a pasta, o protocolo oficial para dengue prevê que o médico identifique os sintomas a partir de uma pesquisa com o próprio paciente. Em seguida, o profissional pode ou não solicitar exames laboratoriais.

“É muito importante retornar imediatamente ao serviço de saúde em caso de sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas). O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado”, reforçou o ministério.

A pasta ressalta que as condutas clínicas indicadas são sustentadas em bases científicas e evidências de eficácia que garantem a segurança do paciente. O Ministério da Saúde também destaca que os medicamentos prescritos para o tratamento têm aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Vacina - Cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas contra a dengue no Brasil ao longo de 2024, considerando a capacidade limitada de fabricação das doses pelo laboratório Takeda, responsável pela Qdenga.

O imunizante, a ser disponibilizado ainda este mês para 521 municípios selecionados será aplicado na rede pública em crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos.


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