Operação "mira" corrupção em Secretaria de Obras da Prefeitura de Selvíria

Esse tipo de crime podem ter ocorrido em outros municípios, informa a Polícia Civil

08/02/2024 00h00 - Atualizado em 08/02/2024 às 14h11

Por redação

A Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Selvíria está na mira de operação conjunta, deflagrada nesta quinta-feira (8), entre o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, e a 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Três Lagoas, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Conforme nota divulgada pela Polícia Civil, a suspeita é de que o crime foi protagonizado por meio de uma empresa de engenharia e consultoria sediada em Campo Grande, contratada para o gerenciamento de obras e serviços municipais, cujos recursos provêm de um contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal.

“O contrato em questão, com valor de R$ 930 mil, destina-se ao gerenciamento de obras e serviços municipais, incluindo a elaboração de Projeto Civil e Infraestrutura do Município de Selvíria-MS, com duração de 12 meses, conforme o Contrato de Financiamento. As suspeitas de irregularidades surgiram durante a análise do procedimento de inexigibilidade e do contrato".

A operação tem por objetivo desmantelar um suposto esquema de peculato, contratação direta ilegal e lavagem de dinheiro, envolvendo a Secretaria de Obras do Município de Selvíria-MS.

A investigação destaca a “celeridade” anormal na tramitação do processo de inexigibilidade, com conclusão em apenas cinco dias, e a coincidência de datas entre o Estudo Técnico Preliminar e a proposta da empresa, sugerindo possíveis ajustes prévios.

Ao serem questionados, servidores públicos envolvidos no processo de licitação e contratação apresentaram divergências, reforçando as suspeitas de irregularidade no processo.

Segundo a polícia, a empresa suspeita tem natureza jurídica individual de responsabilidade limitada e apresenta capital social de R$ 200 mil. Desde sua criação em 2015, ela firmou contratos administrativos com diversos municípios do interior do Estado, totalizando R$ 11.804.947,05, levantando a suspeita de manipulação de requisitos para favorecimento em licitações.


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