Tramita na Câmara dos Deputados proposta que torna obrigatória a venda fracionada de medicamentos

Regulamentação será feita pelo Ministério da Saúde; projeto tramita em caráter conclusivo

13/02/2024 00h00 - Atualizado em 16/02/2024 às 18h58

Por redação

Tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados um projeto de lei que torna obrigatória a venda fracionada de medicamentos em todo o país. A medida é válida para aqueles apresentados na forma de comprimidos, pílulas, drágeas, supositórios, ampolas, flaconetes e outros, segundo regra a ser estabelecida pelo Ministério da Saúde, que também será o responsável por regularizar a prática junto aos fabricantes.

Pelo texto em análise na Câmara dos Deputados, a embalagem desses itens a granel deverá informar o fabricante, o responsável técnico, o lote e o prazo de validade do produto. Assim, por exemplo, o consumidor que precisa tomar apenas quatro comprimidos de um determinado medicamento não vai mais precisar comprar uma caixa com seis ou mais cápsulas, evitando desperdício e gasto extra. 

Hoje, o Decreto 5.775/06 já permite a venda fracionada e a granel de produtos isentos de prescrição, desde que a partir de embalagem original com essa finalidade e sob supervisão e responsabilidade de farmacêutico habilitado.

Segundo o autor da proposta, deputado Fábio Teruel (MDB-SP), é fato comum o paciente, após consultar o médico, ir à farmácia adquirir o medicamento prescrito e se ver "obrigado a comprar quantidades maiores daquela que necessita”.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Saúde; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Um projeto similar foi apresentado no Senado Federal. O texto foi apresentado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG) e determina que as farmácias fracionem medicamentos a partir da individualização da embalagem para que o medicamento seja vendido na quantidade estabelecida na prescrição médica.

De acordo com o PL 2.881/2023, as farmácias e drogarias serão obrigadas a fracionar os medicamentos a partir de embalagens especialmente desenvolvidas para essa finalidade. O objetivo, segundo a proposta, é atender a quantidade individualizada segundo as necessidades de cada receita.


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