Por redação
Bruninho, filho de Eliza Samúdio, assinou o primeiro contrato no meio do futebol, nesta quarta-feira (22), dia em que a mãe completaria 29 anos. Agora, o jovem será goleiro contratado pelo Athletico-PR. A modelo foi assassinada pelo pai do adolescente, o goleiro Bruno, em 2010.
“Foi um presente para ela”, comemorou Bruninho. Agora, o jovem goleiro terá investimentos do clube em sua carreira,. Conforme divulgado, dentre os investimentos do time, estão uma ajuda de custo mensal, estudos no próprio CT, através de um convênio com uma escola particular, e será atendido pelos médicos do clube.
O jovem já atuava com a camisa do time desde o início de 2023, mas sem qualquer tipo de documento formal. Em Campo Grande, onde morava com a avó materna, o jovem se destacou à escola Pelezinho e chegou à Curitiba. Depois de uma indicação, ele fez avaliação no Paraná, agradou e passou a atuar em definitivo nas equipes de sua categoria.
O contrato de Bruninho é um contrato de formação, o qual proporciona a ele garantias de assistência educacional, além de outros tipos de suporte, enquanto assegura ao clube contrapartidas financeiras e desportivas no futuro. É importante ressaltar que vínculos profissionais somente podem ser assinados por atletas a partir dos 16 anos de idade.
A avó do menino, Sônia, utilizou as redes sociais para comemorar a conquista e lembrar da filha. "Tenho comigo a melhor parte de você, posso admirar todos os dias, onde vejo o mesmo brilho no olhar, a mesma alegria, a mesma determinação, a mesma força, a mesma luz, Bruninho, seu filho é a essência viva sua. Isso me mantém forte e viva".
O que aconteceu com o assassino de Eliza - Em 2010, um evento trágico chocou o país: Eliza Samudio desapareceu, deixando para trás um mistério que persiste até hoje, já que seu corpo nunca foi encontrado. Na época, ela tinha apenas 25 anos e acabara de se tornar mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, que naquele momento era titular do Flamengo. Curiosamente, Bruno negava a paternidade de Bruninho. Foi somente em 12 de julho de 2012, após uma sentença emitida pela Justiça do Rio, que Bruno foi legalmente reconhecido como pai da criança.
Contudo, a história não termina aí. Bruno acabou sendo condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, bem como pelo sequestro e cárcere privado de seu próprio filho com a vítima. Além disso, ele também enfrentou uma condenação por ocultação de cadáver, embora essa pena tenha sido anulada pela Justiça devido à prescrição do crime. Este caso terrível continua ecoando na memória coletiva, reacendendo discussões sobre justiça, paternidade e violência.
