Com 1.041 casos confirmados em MS, confira dicas para combater a dengue

Medida mais eficaz de todas no combate à dengue é evitar o acúmulo de lixo e não deixar a água parada

26/02/2024 00h00 - Atualizado em 26/02/2024 às 13h53

Por redação

A picada de um mosquito pode custar a vida de muitos. Esse cenário define é dengue, transmitida pelo Aedes aegypti, que pode progredir para quadros graves. Até o momento, não há um medicamento contra a doença, o que deixa escancarada a urgência de medidas para combatê-la.

A forma mais eficaz de interromper a transmissão dessa doença é evitar o acúmulo de lixo e não deixar a água parada. A enfermeira da Área Técnica de Doenças Endêmicas da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Bianca Modafari explica que a população pode fazer sua parte para impedir a proliferação dos focos do mosquito.

"O que sempre reforçamos com a população é a eliminação dos criadouros. Então, não deixar água parada, tampar caixas d'água, fazer uso de repelentes de forma rotineira. São medidas que toda a população consegue estar fazendo e que a gente já vai ver uma redução do cenário tecnológico".

Em números, o último Boletim Epidemiológico da doença divulgado no dia 20 de fevereiro traz 1.041 casos confirmados de dengue em Mato Grosso do Sul neste ano. Os resultados compreendem dados coletados entre 01 de janeiro a 17 de fevereiro, em todos os municípios do estado. De casos prováveis, isto é, de pacientes que apresentaram os sintomas e realizaram o teste, do qual ainda não obtiveram resposta, são 3.207.

Bianca Modafari explica que, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma redução do cenário epidemiológico da dengue no estado. Na semana do dia 24 de fevereiro de 2023, por exemplo, o Boletim Epidemiológico trouxe 6.693 casos prováveis da doença no estado e 2.757 confirmados. No quesito óbito confirmados, foram dois, enquanto neste ano, a SES confirmou uma morte pela doença. "Esse cenário representa uma redução de 40% em comparação ao mesmo período de 2023. Então, nesse cenário nós estamos em baixa, porém ainda somos um estado endêmico e alarmante para o caso de dengue".

A definição do Ministério da Saúde para a dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave. Alguns fatores impactam no cenário dela, como o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais, dentre eles, diabetes, asma brônquica, anemia falciforme. isto é, doenças crônicas.

A pessoa infectada pela dengue pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos em nariz e gengivas, dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica indica um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

A enfermeira da SES, Bianca Modafari aponta que buscar um médico quando há aparecimento dos sintomas é fundamental para evitar quadros mais graves da dengue. "A gente pede que, quando o paciente esteja sintomático, vá na unidade de saúde, porque assim a gente sabe qual é o cenário real do agravo no nosso estado".

Evite alguns medicamentos

Não há um remédio próprio para dengue. As orientações dispostas em farmácias do estado, no entanto, contraindicam algumas medicações. Os anti-inflamatórios, por exemplo, como a aspirina, ibuprofeno e naproxeno não são uma alternativa para tratar a dengue, porque podem aumentar o risco de sangramento, que é uma complicação grave da doença.

Corticoides também são contraindicados para tratar a dengue. Isso porque esses medicamentos podem agravar o quadro clínico da doença. Os corticoides suprimem o sistema imunológico, o que pode dificultar a capacidade do organismo de combater o vírus da dengue, fazendo com que a infecção se espalhe mais rapidamente e cause complicações graves, como hemorragias e choque hemorrágico.

Dessa forma, conforme a enfermeira da Área Técnica de Doenças Endêmicas da SES, a medida mais recomendada é procurar um médico. "O profissional da área da saúde irá indicar a melhor medicação para tratar o quadro de dengue. Automedicação não é, sob hipótese alguma, orientação ou recomendação da Secretaria de Estado de Saúde".

Combate à dengue

Dentre as medidas a serem tomadas para evitar a doença estão:
- Evite água parada, em qualquer época do ano;
- Mantenha bem tampado tonéis, barris de água e caixas d’agua;
- Guarde pneus em locais cobertos;
- Remova galhos e folhas de calhas;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Encha pratinhos de vasos com areia até a borda ou lave-os uma vez por semana e faça sempre a manutenção de piscinas;
- Feche bem os sacos de lixo e não deixe ao alcance de crianças e animais.

Também é importante trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; tampar ralos; catar sacos plásticos e lixo do quintal, entre outras medidas que impeçam o acúmulo de água e de sujeiras.


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