Por redação
Ex-deputado estadual, Rafael Tavares colocou-se à disposição do Partido Liberal (PL) para sair como pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande. O político alegou que deve conversar com o Jair Messias Bolsonaro e o atual deputado federal Marcos Pollon para decidir o posicionamento do diretório nas eleições municipais deste ano.
Além de Tavares, João Henrique Catan e Coronel David, ambos do PL, são possíveis nomes para tentar levar o partido à Prefeitura da capital. Outra opção, não acatada pelos nomes citados, é do diretório firmar união com o Partido Progressista (PP) e apoiar uma reeleição da atual prefeita. “Meu nome vem sendo cogitado para a Prefeitura de Campo Grande [...] Vou sentar com o deputado Marcos Pollon e com o presidente Jair Bolsonaro, para a gente ver qual vai ser a melhor estratégia aqui para o Mato Grosso do Sul e para Campo Grande", afirmou o político.
Segundo Rafael Tavares, o intuito a partir de agora é deixar o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), partido pelo qual foi cassado por "abuso de poder e fraude na cota de gênero nas eleições de 2022", e migrar para o PL. Dessa maneira, pretende trabalhar com o diretório para criar uma chapa forte tanto na Câmara quanto na Prefeitura. "Queria deixar claro que eu não tenho projeto pessoal. Estou indo para o PL a convite de Catan, do Pollon, do Bolsonaro e todo esse grupo da direita de Mato Grosso do Sul. Precisamos fazer, de fato, uma união da direita aqui em Campo Grande".
Na tarde de ontem (4), Rafael Tavares realizou coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) para debater a cassação. Na ocasião, rejeitou cassação. “A alegação para caçar o meu mandato não é nem de que houve um erro. E sim de que houve uma fraude. Como se o partido tivesse colocado as pessoas ali sabendo que elas não poderiam disputar as eleições. O PRTB é um partido que não tinha dinheiro público. Mais de 12 candidatos não tiveram nenhum centavo de movimentação da campanha. Ou seja, é um partido pequeno que não tinha ali a estrutura necessária e acabou abrindo esse partido para que as pessoas disputassem a eleição pela primeira vez. Eu vejo que essa dificuldade pode ser que tenha atrapalhado, sim, na questão da formação. Porém, isso não é suficiente para caçar um deputado".
O deputado João Henrique também esteve na coletiva. Ele e Rafael Tavares, que recebeu o convite para se filiar ao PL, devem somar forças nas eleições municipais deste ano. Rafael Tavares tem 37 anos e é comerciante. Ele recebeu 18.224 votos para deputado estadual nas eleições de 2022.
O deputado teve o mandato cassado, porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) em que anulou os votos recebidos pelo PRTB. A decisão pode ser conferida no Diário Oficial do TSE na edição de 28 de fevereiro a partir da página 65.
O deputado também aproveitou a coletiva para prestar contas de seu trabalho na ALEMS. Ele disse que apresentou cerca de 40 projetos de lei e 25% das indicações de 2023 foram feitas por seu mandato. "Temos condições de apresentar resultados práticos", assegurou. "Foram 40 projetos de lei, que buscaram combater a ideologia de gênero, a proibição de trans em competições esportivas femininas, que estimulava a livre iniciativa, entre outras pautas", exemplicou. Rafael Tavares também lembrou que propôs, juntamente com o deputado João Henrique (PL), a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems).
