Por redação
A estátua do renomado poeta Manoel de Barros, que estava desprovida de seu pé por quase três anos, foi restaurada em um único dia de trabalho pelo talentoso artista plástico Ique Woitschach.
Com aproximadamente 400 quilos, a escultura de bronze passará por um processo de manutenção de pelo menos seis meses para recuperar sua condição original, tal como quando foi instalada em 2017. O próprio artista, que veio do Rio de Janeiro, está encarregado da restauração, incluindo a fundição das peças removidas e danificadas.
O investimento total para reintegrar o pé de bronze ao poeta, juntamente com o processo de revitalização, alcançará R$ 75,6 mil, financiados pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).
Além de reparar os danos resultantes do ato de vandalismo em 2021, que incluíram marteladas no rosto, a substituição do pé danificado e a restauração do óculos torto, uma intervenção artística foi realizada. Dois pigmentos foram utilizados, um para a base onde Manoel está sentado e outro para destacar o poeta e os pássaros ao seu redor.
O artista visual está dedicado à restauração das partes danificadas da imagem em bronze e à revitalização para conferir um acabamento impecável ao material que sofreu oxidação devido às condições climáticas adversas.
A instalação da estátua foi uma homenagem ao 101º aniversário do nascimento do poeta, originário de Cuiabá, no Mato Grosso, mas que viveu a maior parte de sua vida e ganhou notoriedade em Mato Grosso do Sul.
Para Eduardo Mendes, diretor-presidente da FCMS, a restauração é uma das ações mais significativas do ano. "Devolver o pé ao monumento de Manoel é restituir a Mato Grosso do Sul um de seus símbolos mais belos e marcantes. O poeta vive no imaginário de nossa sociedade, e sua estátua, além de ser um ponto turístico, é também uma lembrança da poesia e da vida desse grande artista", enfatizou.